Como tornou-se possível hackear a realidade, manipulando-a de forma tão crível. As implicações dramáticas na política: pode haver debate público em meio a múltiplos mundos paralelos? Como ultradireita planeja criar um caos cognitivo

Viagem ao mundo sem direitos do trabalho por tarefas. Cem anos depois, voltam as jornadas de 16 horas, o salário incerto e a casa (ou carro) como local de exploração. Mas a tecnologia que permite a regressão começa a estimular a revolta

País poderia desenvolver plataformas próprias, adaptadas a suas particularidades, livres do domínio das corporações. Mas entrega dados de milhões ao Google e Facebook, perde autonomia e mercantiliza área crucial para o futuro

Inspirada na legislação europeia, ela dá um pequeno passo adiante, ao amenizar captura promovida por corporações. Mas abre campo enorme para espionagem do Estado, em nome da “segurança pública” e da “defesa nacional”

Plataforma OpenStreetMap visibiliza o que o Google esconde. Comunidades como as de quilombolas são convidadas a produzir seus próprios mapas. Territórios da Ásia e África reaparecem. Quais seus dilemas e potências?

Muito antes do documentário, ativistas denunciavam a manipulação das plataformas digitais, e sua consequência nefasta para fins comerciais e políticos. Ao não debater a regulação das redes, filme assume o lado das corporações

Montado em surdina, Córtex utiliza 6 mil câmeras para identificar deslocamentos dos cidadãos e levantar, em segundos, dados sobre sua residência, CPF e vida privada. Espionagem é feita pelo mesmo órgão que perseguiu policiais antifacistas

Ao propor romper a fronteira entre o fluxo de pensamento e a realidade, o Neuralink expõe um projeto desumano. Sua tecnologia implica eliminar, em nome do conforto, uma distância psíquica sem a qual não há autonomia possível

O dilema das redes expõe ato cínico. Os homens que submeteram a internet às corporações contam como se manipula as emoções humanas para criar ambientes egocêntricos, inviabilizar a ação coletiva e restaurar os velhos poderes

Na última década, dados coletados de GPS e celulares tornaram-se cruciais em investigações — caso Marielle é um exemplo. Mas qual o limite para usá-los, sem violar o direito à intimidade? No Direito e na Geografia, a busca de consensos