Bolsonaro lançou mão de todos os recursos para atacar a ciência e tecnologia. Universidades e entidades mobilizam-se e resistem. Em novo governo democrático, multiplicar orçamento será essencial para reconquistar a soberania
Por trás da variedade de serviços online, poucas corporações se articulam para mercantilizar informações. Aproveitam-se de leis opacas e fé cega na tecnologia. Será preciso regulá-las e apostar em infraestruturas digitais voltadas ao Comum
Empresas de inteligência artificial já prometem “recriar a consciência” dos mortos e dialogar com eles. Seria enfim a vida eterna, livre do corpo, reduzido a casca? Ou o comércio do eu futuro? E o que somos, neste caso: apenas feixe de informações?
Convidado a conhecer abrigos do fim do mundo, escritor conta o que viu. Blindados subterrâneos com piscinas de luxo. Medo de hordas famintas e dos seguranças. A busca da fuga espacial. O colapso civilizatório como videogame
Carros elétricos. Uber. Sistemas autônomos. Vale do Silício explora falhas do transporte público para vender engodo de eficiência e sustentabilidade. Sua base: trocar encontros, disputas e interações pela asséptica gestão algorítmica
Eles querem ser ricos e famosos – mas percebem que é cada vez mais difícil vencer o filtro dos gigantes digitais. Para sobressair na selva, distribuem brindes (e até dinheiro) aos “engajados do mês”. Mas o ecossistema é opaco, hierárquico e precário
Avançam, em várias partes do mundo, medidas para limitar o poder das Big Techs. Mas livro recém-lançado sustenta: é possível ir além e retomar a ideia de uma rede voltada ao Comum, livre dos oligopólios e administrada pelas comunidades
Em carta aberta a Lula, pesquisadores, intelectuais e ativistas digitais apontam: ciência e inteligência coletiva do país não podem continuar reféns das Big Techs. Documento propõe nove ações para um ecossistema tecnológico nacional robusto
Pesquisadora colhe relatos de notas abaixo da média, sem nenhuma explicação, a motoristas negros. Também crescem discriminação e assédios. Muitos são bloqueados e ficam sem fonte de renda. Plataforma mal reage às denúncias
A automação é um mito, diz Luke Munn em livro perturbador. Para ele, capitalismo não deseja o fim do trabalho, mas submissão total dos assalariados às plataformas e à inteligência artificial. Nesta lógica, precarização não é mero acidente