“Já não era sustentável limitar a captura ao outro. O controle precisava ser (o) eu. A mão externa precisava ser a minha. Fui otimizada em combo dois em um. Aprendi a andar acoplada no objeto inteligente que programou em mim o prazer compulsivo da auto-captura. A selfie”
Da enunciação do Brasil e vanguardismos à poesia moderna e (auto)erótica, a equação estética que o baiano tenta resolver a cada canção calca no tempo uma pulsação – de um eu que se celebra enquanto soluciona as dimensões de seu mundo
Dirigido por Paxton Winters, um dos filmes mais viscerais ambientados numa favela brasileira retrata o retorno de um antigo “rei da malandragem” à sua comunidade, em tempos de UPP, medo, tráfico truculento e esperança de paz
Na 11ª Mostra Ecofalante, obras para pensar os desafios e sentidos da crise atual: apertar parafusos ontem, montar placas eletrônicas hoje, amanhã motorista de aplicativo. A violência nua e crua na linha de montagem. A figura ameaçadora dos robôs
Ascensão chinesa choca-se com o fútil. A riqueza do petróleo diante da pobreza humana. Os países usados como depósito de lixo. Mares mortos pela pesca predatória. Na Mostra Ecofalante, contraste entre avanço econômico e o vazio humano
Na celebração da efeméride, jornalista lança biografia destacando aspectos polêmicos da trajetória do compositor baiano. Leia com exclusividade trecho sobre o início de sua relação, afetuosa e complexa, com o “rival”, Chico Buarque
Quem tem medo? é um documentário sobre os atuais tempos de censura (e perseguição) ao trabalho artístico. Diagnostica o momento em que o irrisório tornou-se verossímil – e como estupidez e intolerância são lenha na caldeira reacionária
Em Memória, uma mulher é assolada por um ruído perturbador que vem das entranhas da terra – ou, talvez, do espaço sideral. Num jogo sinestésico, a todo momento o filme puxa o tapete e recoloca novo estado de transe, dúvida e surpresa
O drama da ausência — de família, trabalho e moradia — em três autores das quebradas. A rua torna-se leito dos excluídos — e o sobreviver, uma epopeia cotidiana. Mas há flores nas fendas dos muros: a solidariedade e o encantamento da arte