Bravatas golpistas de Braga Neto são crepúsculo da aventura militar açulada por Bolsonaro. Ruptura antidemocrática é improvável. Desmoralizados após escândalos de corrupção, agora resta-lhes voltar à caserna – como questão de sobrevivência

Bolsonaro tenta centralizar os alertas de incêndios na pasta de Agricultura, minando o monitoramento do Inpe, que denuncia o avanço do desmatamento no país. Após repercussão negativa, ele recua, mas ataca Instituto com corte de verbas

Regressão econômica criou, nas últimas décadas, gigantesca força de trabalho sobrante. Saída do Estado foi transferir migalhas — e ampliar repressão e encarceramento. Para isso, aprofundou injustiça tributária que poupa os super-ricos

O mal supremo não é diabólico, mas comezinho e pedestre. Aparado pelas elites, ele arrasta milhões a poço sem fim. “Perdoai as nossas ofensas”, reza o presidente. Mas há contas por acertar; esquecer não é opção. É hora de refazimento e reparação

Estiagem explica apenas parte da crise que penaliza população com tarifas abusivas e racionamento. Dados do setor energético indicam falta de ações, favorecimento de usinas privadas e indícios de esvaziamento deliberado de reservatórios

Indicado pelo presidente ao STF, atual ministro da Justiça é evangélico. Mas suas marcas fortes são ajudar a encobrir os crimes do clã Bolsonaro, espionar servidores que se dizem antifascistas e usar lei da ditadura contra críticos ao governo

Acossado por denúncias de corrupção, presidente agoniza e vê no crescimento do PIB e dos gastos públicos uma saída. Mas ministro, porta-voz da oligarquia financeira, tem outros planos. Um embate pode surgir no coração do bolsonarismo

Lançado hoje, livro de colunista de Outras Palavras mostra empresa pública para além do serviço postal: criada há mais de 350 anos, ela integra todo o país é crucial às políticas públicas. Privatizada, poderá gerar uma tragédia social e geográfica…

Dívidas tornaram-se impagáveis. Bolsonaro e Guedes propõem privatizar empresas, reduzir serviços públicos e arrochar servidores. É trágico socialmente – e inútil. Há alternativa: redistribuir riqueza, emitindo moeda e tributando os ricos

De olho na recondução ao posto, em setembro, procurador-geral permanecerá fiel a Bolsonaro até lá. Mas e depois? Amarrará sua história à de um presidente em queda livre? Ou pode tornar-se uma peça decisiva em favor do impeachment?