O fantasma norte-coreano tira o sono de Trump

Trump e o linha-dura John Bolton, que quer fazer da Coreia do Norte “uma Líbia”

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E mais: uma provocação da Casa Branca levou o coreano Kim Jong Un o por em questão o diálogo com Washington

O New York Times revelou que o presidente norte-americano, Donald Trump está indeciso e iniciou consultas a aliados e conselheiros, para saber como agir em relação a seu encontro previsto com Kim Jong Un, líder político da Coreia do Norte. A reunião está marcada para junho, em Singapura. A política norte-americana tem seguido zigue-zagues. Por anos, Kim Jong Un foi tratado como ditador, à frente de um governo sanguinário. Nas últimas semanas, porém, começou uma lua-de-mel, com setores do establishment norte-americano sonhando em transformar Pyongyang num aliado de Washington bem próximo ao coração da China.

Mas na quinta-feira veio o banho de água fria. Um porta-voz do governo norte-coreano afirmou que os EUA devem esquecer a hipótese de que a Coreia do Norte aceite pressões para se desfazer unilateralmente de suas armas nucleares. Além disso, colocou em dúvida a própria realização do encontro com Trump. A imprensa norte-americana admite: esta reação, que alguns viram como intempestiva, foi resposta a declarações de John Bolton, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca. Dias antes, este afirmara que as negociações entre Washington e Pyongyang deveriam “seguir o modelo líbio” — ou seja, desarmar o adversário para em seguida atacá-lo militarmente…

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