Militarização: o jogo acabou?
Publicado 01/03/2018 às 19:05 - Atualizado 12/12/2018 às 15:52
Guerra aos pobres, governo do medo, subjetividades que desejam o extermínio do Outro. A pergunta: como é possível produzir zonas de resistência? Debate agora na Vila itororó, no Bexiga
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Game Over: Crise e Intervenção Militar, o medo como forma de governo
Vila Itororó – Rua Pedroso 238, Bela Vista,
1º de março, 19 horas
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Acontece hoje, na Vila Itororó Canteiro Aberto, no Bixiga (São Paulo), a conversa-ato Game Over: Crise e Intervenção Militar, com Acácio Augusto (Unifesp); Jacqueline Sinhoretto (Ufscar); Hugo Albuquerque (advogado ativista); Edson Teles (Unifesp) e Rosane Borges (Usp), com a presença de Richard Pereira, poeta de Slam.
É possível falar na produção do medo generalizado como condição de uma forma de governo? Cinquenta anos após o Ato Institucional nº 5, em 1968, vivemos um momento de suspensões. A guerra aos pobres é hoje um regime normalizado de disciplina que vem, a seu modo, reatualizando as configurações do que conhecemos como democracia.
Os debatedores discutem a intervenção militar no Rio de Janeiro, o avanço da militarização e poder da polícia nas periferias, o Estado de exceção, a necropolítica, e perguntam: como é possível produzir zonas de resistência em um cenário de autoritarismo radicalizado?
“Propomos nesse encontro pensar a fase atual do neoliberalismo desde a relação entre política de austeridade e avanço dos dispositivos de poder do Estado: polícia, forças armadas, poder judiciário”, afirmam.
Também estão em foco as novas subjetividades gerados por esse Estado, que expressam, de forma crescente, o desejo de extermínio do outro: o colonialismo e o racismo, aliados ao patriarcado, acomodam-se em novos arranjos e alianças políticas.
“Como escapar? Como produzir estratégias de resistência, uma inteligência de liberdade que possa avançar nessa nova esquina histórica?” – perguntam. A resposta será construída por cada um/uma de nós.