Futebol: "názi não joga em nosso time"
Publicado 03/02/2017 às 10:50
“Melhor cair para a segunda divisão!”. Como a torcida de um pequeno clube de Madri rejeitou atacante ucraniano envolvido com as milícias fascistas de seu país
Por Nuno Ramos de Almeida
O clube desportivo de um conhecido bairro operário de Madrid contratou um craque ucraniano. Os adeptos e trabalhadores do clube insurgiram-se, motivo? Acusam Roman Zozulya de ser nazi e no Rayo Vallecano não há lugar para ele
O Rayo Vallecano é conhecido pelas suas campanhas políticas e sociais que envolvem clube, jogadores e adeptos: são frequentes as jornadas anti-racistas, os dias contra a homofobia e a coleta de alimentos para auxiliar as famílias mais probres e os desempregados.O presidente do clube, o empresário Martín Presa, que tem 98% das ações, não nega este ADN social, mas defende a contratação do jogador afirmando que o caracteriza o Vallecas é ser um clube “tolerante”, em que todos podem jogar futebol, “independentemente da ideologia, religião, raça ou cor de pele”. O mesmo entendimento não têm as centenas de adeptos que no último jogo da equipe exibiram cartazes que diziam: “Valleca não é lugar para nazis / Nem para ti, Presa / Vão-se embora”.
O jogador enviou uma carta à comunicação social e aos sócios do clube desmentindo ser nazi. Acusa um jornalista de ter confundido a camiseta que tinha com o escudo da Ucrânia, com o símbolo de um partido nazi. “Cheguei ao aeroporto de Sevilha com uma camiseta com o escudo do meu país e uns versos do poeta Taras Shevchenko, estudado em todas as escolas da União Soviética”. O jogador não nega ter estado com grupos armados, mas dá uma outra versão: “Não estou vinculado a nenhum grupo názi. Realizei uma importante tarefa de colaborar com o exército para proteger o meu país, ajudando também as crianças desfavorecidas. Tudo isto em tempos muito difíceis de guerra. Acho que este trabalho coincide plenamente com os valores sociais que defende o Rayo Vallecano e os seus adeptos incondicionais”.
muito bom o artigo
Besteira!
Não foi a Europa que ajudou, não foi o povo europeu que ajudou. Foram os governos dos países da Europa, e em geral totalmente pressionados pelos EUA/OTAN. E nem foram todos os governos que apoiaram/ajudaram. Existe quem resiste a apoiar a tentativa de Golpe (planejada e levada a cabo pelos EUA) na Ucrânia.
Por exemplo, a Alemanha, desde o começo do Golpe ucraniano, apesar de ser fortemente acossada pelos EUA, não apoiou ostensivamente e, pelo contrário, se empenhou desde o começo a tentar uma solução diplomática além de não concordar com o isolamento da Rússia enfiado goela abaixo pelos EUA aos europeus.
Europeu, no geral, tende a pensar um pouco mais (e melhor) que o brasileiro, e não apoiar golpistas e/ou nazi fascistas, mesmo também gostando muito de futebol!
Como é que europeus vão expulsar um jogador de futebol que afirma ter feito algo que toda a Europa fez? ajudar grupos neonazistas a derrubar o governo da Ucrânia.
muito bom