"Bem viver" indígena: caminho para reinventar a democracia?

indio protesto,

Seminários sondam a partir desta segunda-feira, em S.Paulo, como construir outra política em diálogo com saberes dos povos originários. Luiza Erundina participa

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Seminário “A Reinvenção da Democracia: Bem Viver/Teko Porã, Ubuntu e Ecossocialismo”

Dias 20/6 (Tucarena), 27/6 (Auditório 117) e 4/7 (Tucarena)

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC)

Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes – São Paulo

Bem Viver na cidade

Dia 20/6, das19h30 às 22h30

Com Luiza Erundina, Cristine Takuá, Suely Rolnik, Vanessa Lafayette, Daniel Caballero e Wellinton Nogueira

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Na próxima segunda-feira, 20 de junho, um seminário apresentará e discutirá as noções de Bem Viver, Teko Porã, Ubuntu, Ecossocalismo e Democracia Direta aplicadas à cidade de São Paulo. Os debates terão continuidade nos dias 27 de junho e 4 de julho, sempre às 19h30, no Tucarena, teatro da PUC-SP reconhecido por ter sido palco aberto histórico de experiências democráticas. Luiza Erundina, candidata a prefeita em São Paulo, participa ativamente do processo de investigação e debate coletivos.

Originados na cultura de populações indígenas e africanas e na crítica tanto ao neoliberalismo quanto a um desenvolvimentismo que não dialoga com as novas realidades do século 21. Os princípios do Bem Viver, Ubuntu e Ecossocialismo são uma fonte de inspiração importante para a defesa do Direito à Cidade.

O Bem Viver – tema do primeiro encontro – tem origem na sabedoria indígena e na resistência de cinco séculos dos povos latino-americanos contra o avanço da colonização, do progresso e do desenvolvimento que desde a Conquista vêm esbulhando seus territórios, submetendo suas populações e combatendo seus modos de vida. Graças a intensas mobilizações ocorridas no final do século 20, as comunidades tradicionais equatorianas e bolivianas conseguiram incluir os princípios do Bem Viver na Constituição de seus países, aprovadas em 2008 e 2009.

O Bem Viver, no entanto, não se aplica apenas à vida das populações indígenas. Seu arcabouço conceitual comporta ideias que podem renovar a democracia, com novas formas de economia solidária e participação política, além de um amplo reconhecimento às diversidades sociais, culturais, étnicas e religiosas. Ao propor uma comunhão entre os Direitos Humanos e os Direitos da Natureza, o Bem Viver também prega um profundo respeito à vida e aos ecossistemas – temas urgentes para uma cidade violenta, segregada e que passa por períodos climáticos extremos.

Além da participação de Luiza Erundina, o debate sobre Bem Viver contará com a presença de Cristine Takuá, filósofa e educadora indígena; Vanessa Lafayette, secundarista do movimento Juntos; Daniel Caballero, artista plástico; e Suely Rolnik, psicoterapeuta do Núcleo de Estudos da Subjetividade da PUC. A mediação será de Célio Turino, ex-secretário de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, criador dos Pontos de Cultura e um dos fundadores do RaiZ Movimento Cidadanista.

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2 comentários para ""Bem viver" indígena: caminho para reinventar a democracia?"

  1. luiz alberto disse:

    vejam no livro verde de Kadafi uma alternativa valida e ali verão por que ele foi trucidado pois a muitos anos ele divulgava o conhecimento do livro verde

  2. Olá Caue,
    Para conhecimento, informo que também estaremos realizando um seminário internacional sobre esta temática. Será em julho, na Costa Rica.
    Confira: http://gpead.org/sicdes2015/es/
    Saudações.
    Elcio Cecchetti
    GPEAD/FURB

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