O inescapável A hora do lobo está em cartaz no Sesc Digital. Um casal em uma ilha deserta, um pintor que começa a ver figuras, a esposa tentando arrancá-lo da loucura. No rosto de Liv Ullmann, em plano fechado, síntese da obra do cineasta sueco
Multifacetado, astro de Hollywood faz 90 anos. Na vida pública, é um “machão republicano”. Como ator, encarna o individualismo do “sonho americano”. Mas como diretor, fez sofisticadas reflexões sobre a morte e a fragilidade humana
Em O hotel às margens do rio, do sul-coreano Hong Sang-soo, a delicadeza da gravura oriental. No sonegar de imagens, um convite a imaginação. Em um dia na vida dos personagens, a alvura que tudo iguala: da Natureza aos amores despedaçados…
Se foi recentemente, aos 94 anos, artista que corporificou o cinema de arte. Interpretou desde o papa até marquês de Sade, com diretores gênios como Buñuel, Godard, Hitchcock e Scolla. Em sua atuação, sempre uma dimensão oculta de mistério
Obras de dois mestres da literatura, falecidos recentemente, viraram êxitos e fracassos no cinema. De Rubem Fonseca, foram 17 — nenhuma com sua vitalidade original. Já com Sérgio Sant’anna, um belo diálogo com suas inquietações
Temor do vírus faz renascer, nos EUA e Europa, estranha forma de ver filmes: dentro de carros. Do musical Grease ao terror de John Carpenter, das distopias australianas a Kubrick, obras que mostram esse símbolo da cultura estadunidense
No Haiti dos anos 60, um homem desperta da cova para ser escravizado. Na França de hoje, garotas descobrem o vodu. Em Zombi child, B. Bonello entrelaça esses universos numa instigante mistura: romance adolescente, terror e Antropologia
Cineasta completaria 100 anos. De projecionista no interior de SP a galã da Vera Cruz, conquistou críticos de Cannes e grande público com O Pagador de Promessas. Mas ressentia-se com o Cinema Novo, que o acusava de filmar pra gringo ver…
Nada de catataus teóricos: uma seleção de escritos saborosos em “linguagem de dia de semana”. Comentários iluminadores, entrevistas que parecem feitas no bar, autobiografias ácidas e curiosidades sobre o mundo da 7ª arte
Grotescos, sanguinários e com delírios de grandeza, alguns dos “ditadores de celulóide” parecem ter saído de esquetes humorísticas — ou até da nossa política. Na seleção, afiadas sátiras de Charles Chaplin, Glauber Rocha e Baron Cohen