Equador: polícia e soldados promovem motim

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Rafael Correa diz que não aceitará pressões. Chanceler fala em “setores golpistas” nas Forças Armadas. População começa a sair às ruas para defender presidente

Uma série de manifestações violentas de policiais, apoiada em seguida por um grupo de cerca de 150 soldados, resultou na tomada de um quartel, bloqueio do aeroporto de Quito e rumores de golpe de Estado — aparentemente infundados.

A capital amanheceu sob o impacto de uma greve selvagem de policiais, inconformados com a aprovação de uma nova Lei de Serviço Público. Eles queixam-se contra o corte de benefícios, que o governo considera privilégios. Além de paralisar as atividades, tomaram a força, segundo a Agência Telesur, o Regimento Número 1 da cidade, onde atearam fogo a pneus. O presidente Correa compareceu ao local para negociar, mas teve de retirar-se devido a tumultos.

Pouco depois este protesto recebeu a adesão de cerca de 150 militares. Estes bloquearam a estrada que liga a capital ao aeroporto internacional, a ponto de provocarem o cancelamento de todos os pousos.

Aos policiais amotinados no quartel, Correa declarou, segundo a BBC: “Se quiserem montar barracas, se quiserem deixar os cidadãos indefesos, se quiserem trair a missão da polícia, podem ir em frente. Mas o governo fará o que precisa ser feito”.

Por volta das 14h (Brasília), a Agência Telesur noticiou que a população começou a sair às ruas, em defesa do presidente Correa e da democracia. Os manifestantes estariam se dirigindo especialmente ao palácio do governo. Horas antes, o chefe das Forças Armadas, general Ernesto Gonzáles, manifestara apoio a Correa. O chanceler, Ricardo Patiño, afirmou em entrevista, no entanto, que o governo mapeou oficiais golpistas, e não descartou a possibilidade de eles estarem por trás das manifestações da polícia.

M A I S:

Até as 14h desta quinta-feira (30/9), a melhor fonte sobre os últimos acontecimentos em Quito era a Agência Telesur, por meio de seu site e twitter.

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