O sentido do Dia Global de Boas Ações
Publicado 08/04/2016 às 17:54
Num sinal de como se difunde a busca de alternativas, grupos articulam, em 70 países, atividades que rejeitam lógicas da acumulação egoísta e remetem à colaboração e solidariedade
Por Redação
Criado em 2007, o Dia das Boas Ações tornou-se um grande projeto de mobilização de pessoas que, mesmo sem vasta formação política, sentem-se desconfortáveis numa ordem social baseada na competição e egoísmo. Para se ter uma ideia, o evento multiplicou-se, no ano passado,em 61 países e contou com a presença de quase 1 milhão de participantes – incluindo o Papa Francisco, em Roma. Agora em 2016, cidadãs e cidadãos de 70 países já confirmaram participação.
No Brasil, diversas ações estão programadas para acontecer nos dias 8, 9 e 10 de abril em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
No dia 10, data mundial para o Dia das Boas Ações, haverá grandes celebrações em cada cidade: no Parque do Ibirapuera em São Paulo, no Arpoador e Parque Garota de Ipanema no Rio, e no Parque da Cidade, em Brasília. Para participar do movimento de prática do bem, basta se inscrever no site oficial.
Independente da cidade, qualquer ONG, instituição ou pessoa podem inscrever uma ação no até o dia 25 de março e captar voluntários(as), ou então se inscrever como voluntários(as) nas ações já existentes. A ideia é unir pessoas em prol de causas variadas que podem ir desde de atos simples destinados a indivíduos – como distribuir flores e contar histórias a crianças – até projetos comunitários, como doar roupas e alimentos ou ajudar na reforma de uma escola na periferia. Também é possível abraçar causas ambientais como a adoção de uma praça ou mesmo fazer um mutirão de coleta de lixo.
Esta é a primeira vez que o Dia das Boas Ações tem uma capital na América do Sul. “O Brasil foi escolhido como foco, pois acreditamos em seu potencial. Apenas 11% da população doa seu tempo em causas voluntárias”, afirma Kaynan Rabino, CEO mundial do Dia das Boas Ações. É uma taxa baixa quando comparamos com outros países, como por exemplo os Estados Unidos, onde esse número chega a 44%, segundo um estudo de 2011 feito pela ONU. O Atados, plataforma online que conecta ONGs e pessoas através das oportunidades de voluntariado, é o responsável pelo evento no Brasil. A expectativa é engajar dezenas de milhares de pessoas no país.
É um momento ruim, mas num lugar escuro até a luz de uma vela faz diferença. Aqui em Passo Fundo haverá ao menos uma luz. Darei esse brilho para que outros encontrem o caminho.