Desde a crise de 2008, sistema nega a si mesmo e adota parte do que propugnam seus adversários – apenas para conservar-se vivo e manter sua essência. A causa crucial é falta de uma alternativa. Mas a História, às vezes, preenche esta lacuna…
Em dois livros essenciais, Melinda Cooper reconstitui os anos que mudaram a face do Ocidente. 1968 abriu crítica radical ao capitalismo. Para freá-la, sistema apelou à moral conservadora. Há saídas: mas é preciso fazer do dinheiro um Comum
Ao suprimir a solidariedade, sistema produziu uma ralé descartável e o salve-se quem puder. Vem daí a corrosão de caráter que nutre os fascistas. Eles só recuarão quando novas transformações expuserem a miséria do indivíduo indiferente
A velha ladainha da “austeridade” está no fim. Gastos sociais e investimento público estruturam sociedades de hoje. Para financiá-los, Brasil precisa reverter a desindustrialização e promover um desenvolvimento inclusivo, taxando super-ricos
Esgarçado por desigualdade, cortes sociais, financeirização e xenofobia, continente viu seu elã desfazer-se. Habilidade camaleônica da chanceler alemã mascarou tensões e evitou, por anos, que explodissem. O que virá agora, quando ela se vai?
É inútil esperar que um rompante ético afaste o capitalismo do ataque aos direitos sociais. História demonstra: só ameaçadas as corporações e os bilionários recuam. É preciso fazê-los temer por seus dedos, para que entreguem anéis
Impostos sobre capital produtivo. Compartilhar as riquezas da natureza. Controle sobre dinheiro e mercados. De forma simples, porém refinada, Kate Raworth, que falará em SP amanhã (4/7), propõe uma métrica mais humana para a prosperidade