Eficiência na produção de materiais gerou um efeito rebote: preços baixos, mais demanda e explosão do extrativismo. Fenômeno mostra: inovação é crucial, mas políticas ambientais efetivas passam por novos modos de produzir e redução das desigualdades e do consumismo

Condições naturais do território brasileiro são especialmente favoráveis às fontes limpas – mas país ainda é frágil nas tecnologias solar e eólica. Poderão os investimentos chineses suprir este déficit? Quais as condições políticas para tanto?

Com tecnologia de ponta, a China desponta como grande produtora, atrás dos EUA. França amplia seu parque de usinas, com vista à “descarbonização”. A Alemanha está desativando-as. Brasil, porém, ainda não tem posição clara para políticas no setor

Embora mais “eficiente”, extrativismo cresceu 3,5 vezes desde anos 1970. Apostar na tecnologia não bastará. Transição justa inclui novos padrões de produção e consumo e outra agenda global, que não penalize o desenvolvimento do Sul global

Central para a economia circular e 100% reciclável, seu reaproveitamento não chega a um quarto do volume de embalagens produzidas. Baixo valor e dupla tributação são entraves às cooperativas. No Rio, catadores se organizam por maior rentabilidade

Limites do governo Lula estão claros. Para começar a transformar o país será preciso buscar outros caminhos, projetos e sujeitos sociais. Começa nesta terça-feira curso sobre estes temas. Há 50 vagas para apoiadores de Outras Palavras

Protestos espalham-se pelo continente e ultradireita tenta capturá-los. Mas eles rejeitam a concentração de riquezas, financeirização do campo e o endividamento – e querem mercados regulados e transição energética com apoio dos Estados

Em contraste com as declarações vazias de governos e corporações, movimentos sociais produzem, em todo o planeta, alternativas locais. Mas ainda não foram capazes de formular projetos sistêmicos. Sem eles, crise pode terminar em tragédia

Só no Brasil, o setor de transporte emite o dobro de CO2 em comparação aos desmatamentos do Cerrado. Mas lobby do petróleo age para escantear o debate sobre os impactos climáticos do urbanismo de “carros e asfalto” na COP28

Reportagem mostra o drama de camponeses que arrendam suas propriedades para empresas eólicas, a maioria transnacionais. Os contratos são leoninos e válidos por décadas. Muitos perdem o controle da terra. E recebem abaixo do prometido…