Dossiê recém-lançado aponta: desvincular o trabalho pericial das polícias é tema-chave para o sistema judicial – especialmente na investigação em casos de violência do Estado. Proposta, recomendada pela Comissão Nacional da Verdade, é escanteada no STF
“Aboliremos a escravidão, desde que…”, diziam os oligarcas no Império. A mesma lenga-lenga cerca agora a ADPF-635, que interromperá, se aprovada, as operações policiais mortíferas nas favelas e periferias. O Supremo se atreverá a acolhê-la?
Dicionário Marielle Franco analisa políticas de Segurança do RJ e as disputas em torno do “fazer cidade”. Reflete como a milicianização impacta também as subjetividades coletivas. E as possíveis saídas, a partir das periferias, como a proposta “Desinvestimento das Polícias”
Governo propõe substituir a polícia rodoviária por uma mais ostensiva, o que pode criar entraves à construção de um controle externo das polícias – e federalizar o que há de pior nelas. Ainda falta clareza a Lula para lidar com pauta capturada pela ultradireita…
Arremesso de um jovem escancara a realidade da violência policial: um gesto asséptico – descarte de uma vida descartável, sem a habitual coreografia da brutalidade. Após incentivar os banhos de sangue da PM, Tarcísio admite erros: uma harmonização facial na máscara fascista
Alguns temem que contrariar corporações militares desestabilize governos. Por isso, elas se autonomizam, colocando em risco a democracia. É hora de outra concepção de Defesa, que dê fim à insubordinação e aos intentos da caserna de “moderar” o poder civil
Há 21 anos, Lula propunha um projeto audacioso de Segurança Pública mais cidadã. Agora, o resgata em reunião com governadores. Mas contexto mudou: aliança entre direita e corporações policiais tornou-se ativo político na guerra contra a democracia e direitos humanos
Sistema é capaz de acessar câmeras em prédios residenciais e “perseguir” carros. Polícias podem monitorar cidadãos sem mandado judicial. Governador aposta em contratos milionários com empresas privadas para “prever crimes”
Presença de ex-comandantes da Rota nas campanhas sugere um fetiche por militares na condução da Segurança Pública. Em busca de votos, até o campo progressista cede a este discurso. Democracia e políticas eficazes na área exigem outro modelo