À princípio, queda de Assad faz dois perdedores: Irã e Rússia. Ganham Turquia, Israel e EUA. Mas ressurge o fantasma da revolta árabe, agora fundamentalista. Uma região crucial para a supremacia do dólar está mais instável que nunca
Washington já não afirmará sua “excepcionalidade moral” e buscará fazer prevalecer seus interesses exercendo a força. Mas a China preparou-se, o Oriente Médio mudou e a Rússia está mais forte. Vem aí uma nova corrida às armas
Quando os seres humanos hesitam em matar ou torturar, a IA assume seu lugar. Como Tel Aviv pinça, nas redes sociais, suas vítimas. Por que, agora, as guerras nunca serão as mesmas. Como esta deriva está desintegrando o Estado sionista
Há 76 anos, pressionados pela União Soviética, EUA lançavam o Plano Marshall e apostavam em saídas comuns para os problemas globais. O que leva agora mundo eurocêntrico a flertar com o abismo e ter por emblemas tipos como Elon Musk?
Sustentar Zelensky é cada vez mais difícil e custoso, mas seu provável fracasso abalará ainda mais o prestígio internacional dos EUA. Por isso, é possível que a OTAN cogite expandir e recrudescer o conflito – o que abriria as portas do inferno
Especulação sobre um futuro trágico, porém plausível. Que novas relações sociais advirão, na hipótese de um conflito atômico? Lógicas capitalistas estarão abaladas e desmoralizadas. Sobrevirão o caos e a selvageria ou, enfim, a solidariedade?
Depois de devastar o Estado de bem-estar social, UE multiplica gastos militares, tenta expandir o conflito na Ucrânia e inicia giro contra a China. Exame do cenário geopolítico sugere: é estratégia suicida, determinada pela submissão aos EUA
Declínio dos EUA ameaça a ordem liberal. China, que não se curvou aos mercados, emerge; porém, não aspira ao papel de Washington. Neste vácuo, haverá riscos (inclusive de guerra) mas, também, possível cenário favorável ao Sul Global
Conflitos antes confinados nas periferias do mundo hoje envolvem potências – e as fronteiras entre geopolítica e militarismo, cada vez mais, diluem-se. Mas emerge um internacionalismo libertador a partir do Sul. Porém, o Ocidente dobra sua aposta na guerra sem fim