Em toda a região, atuam corporações que se servem das novas tecnologias – essencialmente para lucrar muito e achatar direitos trabalhistas. No México e Chile, os Estados já estabelecem relações mais robustas. Argentina e Brasil estão entre os que caminham mais devagar
Ser bloqueado no app – este é o medo constante dos entregadores. Isso leva a acidentes, insegurança alimentar e adoecimento mental. E plataformas desrespeitam leis que garantem proteção à saúde. Mas trabalhadores organizam-se por direitos e bem-estar
O mito da autonomia sob despotismo algorítmico. A pandemia e o megalaboratório de precarização via teletrabalho. Competição incessante: lógica oculta da uberização. Novo livro examina em profundidade uma metamorfose em curso
Pesquisa mostra: maioria sabe que é precarizada e quer direitos, mas temem perder autonomia. Valor único por entrega e remuneração por hora são as principais reivindicações. E há muitos relatos de adoecimento psíquico sob a gestão algorítmica
Estudo em 38 países aponta: só duas empresas-app garantem salário mínimo. Além de lobby, publicidade agressiva de “inclusão e diversidade” é usada para mascarar a precarização. Cooperativa no Equador é a que mais garante trabalho digno
Estudo da Unicamp abre a caixa-preta dos apps: um terço das refeições do Ifood vem de locais obscuros que só atendem por delivery. Fiscalização é inadequada e visitas são barradas, o que é ilegal. Modelo pode esconder inúmeras violações
Seis líderes relatam: protestos dos últimos anos colocaram precarizados no mapa político – e abertura de diálogo com Lula amplia esperanças. Próximo passo é fortalecer articulação nacional pelos direitos. Mas ainda há dúvidas sobre a pauta
No pós-golpe, o sistema produtivo complexo do país foi esvaziado. Impera o modelo agrário-exportador. A economia popular e de subsistência, antes em queda, volta a crescer. Sonhos de trabalho e vida dignos tornaram-se distantes…
Pesquisas provam: flexibilidade e autonomia são pura ficção. Empresas usam medo, horas não contabilizadas, manipulação de ganhos e punições para plugar trabalhador por mais de 60 horas por semana. Por isso a redução das jornadas é um objetivo crucial