Só em SP, equipes para o atendimento emergencial foram reduzidas em 30%. Espera média saltou de seis para 15 horas. Subsidiárias foram terceirizadas e sistema de “comando e controle” foi extinto. Tarifas aumentaram. Não é hora do Estado assumir empresa novamente?
Apagões seguidos. Descaso. População revoltada. Surgiram condições políticas inéditas para questionar corporação italiana que distribui energia em São Paulo. Governo federal tem meios legais para começar reverter política de privatizações
Caro também para o meio ambiente: um dos jabutis contidos na MP que abre a estatal ao setor privado obriga a proliferação de termelétricas a gás, na contramão da transição energética às menos poluentes, como a eólica e solar
Receituário ultraliberal perde força no mundo – mas encontra terreno fértil com Guedes e Bolsonaro. Venda da estatal é grave golpe no potencial do país de gerar energia limpa e barata – e deixa desenvolvimento à mercê do rentismo
Senado pauta hoje MP que entrega o controle da estatal ao mercado de ações. Governo difama a empresa mais eficaz do setor elétrico nacional – e encobre gestão precária do setor privado, com prática de preços abusivos e ameaça de novos apagões
Bolsonaro envia ao Congresso a MP da entrega. Se aprovada, completará desmonte do sistema elétrico brasileiro – que resultou em energia cara e incerta, gerada por empresas que não investem. Um novo governo precisará revertê-lo…