Pesquisadora analisa como policiais e “donos do morro” evocam a imagem de um Deus guerreiro e conquistador para justificar violência. Textos bíblicos são usados para perseguir “inimigos” e religiões afro, beirando o fundamentalismo
Até 1945, a polícia “confiscou” mais de 500 peças sagradas afro-brasileiras. Tombadas pelo Iphan, elas permaneceram retidas no acervo policial por 30 anos, após única exposição. Expressão de racismo (e resistência), agora retornam ao público
A espiritualidade pode ser o fundamento de uma comunidade. Mas quando as crenças substituem o conhecimento e a fé invade o campo da ciência, pode-se justificar todo tipo de violência em nome do sagrado. Isso não deveria ter espaço hoje
Trabalhadores, estudantes e imigrantes se unem na maior paralisação da história do país. Apesar da forte repressão militar e de milícias extremistas, manifestações confrontam também agenda fundamentalista anti-muçulmana