Desde 2015, país segue submisso as receitas de “sucesso” do neoliberalismo – e só anda para trás. Mas jornais seguem incapazes de fazer a cobertura crítica dos fatos econômicos – muito menos, de criar agenda alternativa. Há dois motivos principais
Rejeição a Bolsonaro se amplia. Mas por trás da insatisfação de ruralistas, industriais e até banqueiros, o velho discurso de aprofundar ainda mais a agenda neoliberal. Reconstruir país devastado exigirá mais que mea-culpa pela metade
Bolsonaro envia a Câmara sua MP do “novo” benefício. Sem lidar com a fila acumulada ou atualizar valores defasados, acopla “miniauxílios” duvidosos, e que vão concorrer com o orçamento sem tocar no básico: atender mais necessitados
Após pantomimas militares, Bolsonaro, de olho em 2022 planeja migalhas a mais no valor do Bolsa Família. O preço: esvaziar o caixa da Petrobras e PEC dos Precatórios, que transfere para o sucessor pagamentos a empresas e trabalhadores
Ampliam-se sinais de que Fazenda agiu para atrasar compra de imunizantes da Pfizer — enquanto avançavam negociações suspeitas na Saúde. E mais: o “esquema” de Ricardo Barros e Roberto Dias para favorecer o “Centrão”
Acossado por denúncias de corrupção, presidente agoniza e vê no crescimento do PIB e dos gastos públicos uma saída. Mas ministro, porta-voz da oligarquia financeira, tem outros planos. Um embate pode surgir no coração do bolsonarismo