Toni Morrison, escritora norte-americana, analisou a capacidade do fascismo se infiltrar em qualquer estrutura. Com tentáculos patriarcais e racistas, ele domestica corpos — e visa eliminar aqueles que o ameaçam. Por isso é, hoje, nosso principal inimigo
Corrente em que surfou presidente é antiga e tem raízes profundas: autoritarismo, machismo, concentração de terras, escravidão. Mas pandemia impulsionou debates sobre novos projetos — serão capazes de levantar uma nova onda de resistência?
Nas janelas, lenços brancos denunciam opressão. Surgem redes solidárias. No Congresso, propostas punitivas só arranham o patriarcado. Uso emergencial de hotéis durante isolamento é opção — mas elas terão até de ser expulsas de casa?…
Ultraliberais querem decidir quem vive ou morre. A maioria — com raça, gênero e classe social segregadas — amarga o medo e a exclusão. É a necropolítica, descrita pelo filósofo Achile Mbembe. Mas brecha da mudança foi aberta…
Neste 8M, ocuparemos politicamente as ruas e as nossas casas, em festa e protesto. Não queremos flores, parabéns e elogios — mas sacudir uma ordem social irrespirável, que tem a mesma cara dos machos rivalistas e opressores
A quinze dias do 8 de Março, uma proponente das greves feministas explica como elas tornaram-se gigantescas e também radicais; por que inventam nova classe trabalhadora; e de que modo se chocam com a essência da condição neoliberal
Música e coreografia encenadas em insurgência espalha-se pelo mundo — de Istambul a Paris e São Paulo. Na performance, criada pelo coletivo Las Tesis, mulheres apontam grandes “machos estupradores”: policiais, juízes e presidentes
Na comédia de Fellipe Barbosa e Clara Linhart, o doméstico e o político: quando Lula toma posse, em 2003, duas famílias vão para uma fazenda. Sob o mesmo teto, conflitos de classe e gênero — e uma elite, assustada e debochada