Um milagre às avessas rege nossa economia. Desde 2015, cortamos salários, aposentadorias e direitos sociais. Mas dívidas do Estado multiplicam-se: ano passado cresceu 9,5%, chegando R$ 4,2 tri. São os estranhos efeitos da “austeridade burra”
Congresso retomará atividades com a “reforma” administrativa. A pretexto de “sanear finanças”, reduzem-se salários de servidores e extinguem-se políticas públicas. Mas obsessão é seletiva – em um ano, já foram R$ 178 bi em juros da dívida pública
Assim como ocorreu após aprovação do Teto dos Gastos, “reformas” de Guedes não garantirão a retomada do emprego. Contra a falácia do “excesso de Estado”, economista sugere regulamentar mercado financeiro e visar mercado interno
Seguem os cortes na Saúde e Educação, enquanto gastos com os juros da dívida pública aumentam: em abril, foram R$ 35 bilhões. Política econômica que só beneficia o rentismo pode ser revista — como já demonstraram até mesmo os EUA