É preciso estar a menos de 3 metros da pessoa, brincava o cineasta, que faria 90 anos. O jogo entre a realidade dura e a construção do sujeito ficcional era a chave. Só assim pode-ser resgatar as poeiras da existência, tornando-as memórias coletivas

Documentarista faria 90 anos neste mês. Para ele, a falta de coragem é a morte do artista. Após Cabra marcado para morrer, buscou se reinventar. Fez do encontro e da incompletude a matéria-prima de seu cinema. “A vida”, dizia, “não é senão isso”

Em livro recém-lançado, a memória na obra de documentarista brasileiro. O “pacto de intimidade” e a primazia dada por ele à fala miram no pessoal, nos afetos e nas fabulação para chegar às memórias coletivas e ao desvelar da História

No Dia do Cinema, três filmes do cineasta estarão disponíveis para streaming gratuito. Com a fricção entre mundos, ele revolucionou o documentário com premissa simples: ouvir o outro faz com que ele se revele (ou se reinvente) diante das câmeras