Godard foi renovador radical do porte de Picasso e Joyce. Sem concessões, sua obra paira entre o encantamento e a irritação, a admiração e o fastio. Rearticula imagem, palavra e música – e combina aventura estética pessoal e resistência política
Se foi recentemente, aos 94 anos, artista que corporificou o cinema de arte. Interpretou desde o papa até marquês de Sade, com diretores gênios como Buñuel, Godard, Hitchcock e Scolla. Em sua atuação, sempre uma dimensão oculta de mistério