Estado nacional nunca assegurou os direitos que poderiam constituir uma nação. No vácuo aberto por sua ausência, atuou sempre o cristianismo. E vale reparar: nunca o jesuíta colonial foi tão semelhante a certos pastores…
Há uma dimensão geopolítica pouco notada, no papado de Francisco. Ele deseuropetizou a igreja – da composição do Colégio dos Cardeais ao comando das ordens católicas. Sua aposta: Velho Continente, “criança mimada”, não pode comandar mais nada
Em Benedetta, Paul Verhoeven retoma drama histórico de freira que dizia se comunicar com Jesus. Filme explora relações entre devoção e libido e sugere: santa e bruxa são faces da mesma figura, a depender dos interesses sociais e políticos que as cercam
Descoberta de restos mortais de 215 crianças originárias reabre as feridas coloniais no país. Sequestradas das aldeias, elas eram seviciadas em escolas católicas. Ruas se insurgem e propõem ouvir os gritos e sussurros da História
Próximo ao papa e às formulações da Economia de Francisco, proeminente matemático francês aponta: para evitar desastre, será crucial refundar a noção de democracia, livrar Sul global do jugo das dívidas e apostar na comunhão com a Natureza
Não se trata de “avanço evangélico”. Também políticos católicos, ou não ligados a fé religiosa, manejam a pauta de costumes para obter apoio nas periferias. Esquerda precisa, se quiser se recompor, voltar a dialogar com estas
Se preferir, pode chamá-la de pós-capitalismo. Começa hoje, e vai até sábado, encontro internacional convocado pelo Papa para debater alternativas à crise civilizatória. Na sexta, Leonardo Boff e Vilson Grob debatem com jovens brasileiros
Pauta conservadora vira tiro pela culatra. Em resposta a tentativa de limitar direito ao aborto, centenas de milhares vão às ruas — especialmente jovens. Após vitória, exigem democracia e fim do governo fundamentalista. Que isso diz ao Brasil?