OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

O que diz o Alto Comando sobre as eleições – e o golpismo de Bolsonaro. Como se deu o retorno dos militares ao Planalto, sob a ilusão de controlar arroubos do ex-capitão. As críticas ao governo: mais à forma que ao conteúdo antidemocrático

Editoriais e TSE normalizam “contagem paralela” de votos pelo Exército, por direito de checagem. Mas, longe de um “interessado qualquer”, instituição tem abrangência, força e ambição para aventuras – e nada a ver com eleição e urnas

Delírio golpista do “capitão” se acentua. Centrão e militares mantêm silêncio enigmático. Bloquear ataques à democracia exigirá mobilizar frentes suprapartidárias em defesa das eleições, pela paz na campanha e por respeito à soberania popular

Um oficial do Exército aponta: a muralha entre Forças Armadas e política se esfacelou. Hoje, há militares que falseiam a história, louvam golpismos e levam comandar-obedecer à vida pública. Até quando o Brasil permitirá acintes à democracia?

Alinhamento na área da defesa com Washington iniciou-se com Temer – e foi aprofundado por Bolsonaro. Inclui exercícios militares na Amazônia, “intercâmbio” na PF e formação de cadetes em escola golpista. Dependência é estratégica…

Aos 80 anos, pensadora vê a hercúlea batalha da esquerda de reconstrução política e social. Terá de enfrentar uma sociedade hierárquica e elitista, que viu em Bolsonaro o palhaço do circo, enquanto formava o picadeiro de desmonte do Estado

Bolsonaro tenta semear a lógica do soldado: obediência cega e prontidão para a “guerra”. Mas valentia bolsonarista é mais sintoma de agonia que de força. Reconstruir democracia exigirá organização popular e conter politização das Forças Armadas

Ao endossar bravatas golpistas e de “poder moderador” da caserna, Braga Netto atiça politização dos militares. Até agora, eles movem-se mais por oportunismo que por projeto autoritário. Breve, terão que decidir se são leais à Constituição

Marx demonstrou como um governante grotesco, golpista declarado e aliado às elites retrógradas capturou desiludidos, atacou instituições e implodiu a democracia. Bolsonaro, debilitado e delirante, dedica-se a repetir a história

Nas cordas com a CPI da Covid, Bolsonaro busca sobrevida até 2022. Para isso, rateia governo com a “velha política”, a custo alto: sacrificar aliados militares em cargos-chave – que, desmoralizados, são obrigados a recuar, para salvar a própria pele