Uma casa tem vida e construí-la é um processo de amadurecimento — do lar e de quem lá viverá. Na Ecomunidade, o terreno é aplainado; os alicerces logo serão fundados. E esta gravidez de habitar já está povoada de novas e velhas sensações
A chuva desaba sobre o ranchinho, onde a Ecomunidade começa a existir. De manhã, todos chegam para celebrar juntos, caiando as paredes; um ano de construção! Na cidade, meu coração bate como o desafio dos sapos: Estou? Não estou?
Projeto. Olaria. Pedreiro. O sonho da Ecomunidade ganha forma e vida. À caminho da cidade, desço uma ladeira de terra – íngreme e irregular. O país, desde 2018, parece que também. Mas ela sempre chega ao fim. Não duvidem, não duvido
Na Ecomunidade, a matéria de que são feitos os sonhos se metamorfoseou, está pronta a “sair do papel”. Vemos as ruas riscando o morro, as matas que crescem. Contrasta com o pesadelo atual do Brasil. Mas vem a lua – nos banhar de esperança