Em vez de investir no próprio país, Washington joga dinheiro fora em guerras fracassadas. Seu PIB em relação ao do mundo caiu de 30% em 1980 a 15% em 2021. Derrota no Afeganistão sinaliza sua decadência – e mundo em transformação

Filósofo adverte: capitalismo global vive nova crise. Em seu âmago, está o descontentamento com o poder de bancos e corporações. Na disputa das maiorias, a ultradireita se antecipou. Olhar as rebeldias do passado, e seus vazios, é crucial

Quem diria: nos próprios EUA, a ideia de que os Estados “só podem gastar o que arrecadam” – mito central da ditadura financeira – balança. Abre-se espaço para a mudança, começando por serviços públicos de excelência e Renda Básica

Novo livro tenta interpretar papel do economista mais influente nos “anos dourados” do pós-guerra. Ele rechaçava a idea do mercado ordenador da sociedade. Mas jamais almejou uma democracia radical, por não ir além do horizonte burguês

Além de produzir o impeachment, cenário desejável é aquele em que pressão popular influa sobre programa que virá a seguir. Reconstruir este país na direção de ser realmente uma democracia será um processo longo e profundo

Em Outra Realidade, ex-ministro grego imagina mundo paralelo após a crise de 2008. Rebeliões sepultaram o capitalismo – uma democracia real emergiu, sem bancos ou propriedades privadas. Obra convida a pensar: “tudo pode ser diferente”

Um frisson de otimismo anima os capitalistas, que sonham com o pós-pandemia. Mas últimos ciclos econômicos sugerem novas crises e mais desigualdade. Ocaso do sistema parece nítido – resta saber o que virá depois…

Pedro Castillo vencerá apesar de demonizado pela mídia e ausente, até há pouco, das redes sociais. Sintonia com nova geração política, e com sentimento anti-establishment das maiorias, produziu resultado – que diz algo à América Latina

Falta um tris para novo revés da direita. Pedro Castillo, professor marxista desconhecido e conservador nos costumes, falou aos pobres e pode tornar-se presidente. Um acordo uniu a esquerda e permitiu politizar a eleição

Programas como o de Biden, que multiplicam investimento e consumo, poderiam salvar o sistema. Só que não: na fase atual, ele precisa controlar o dinheiro e subjugar financeiramente as maiorias; por isso, o 0,1% quer a volta da “austeridade”