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Lógicas de cooperação e compartilhamento não desafiam apenas a economia do capitalismo. Questionam formas atuais de mercado, Estado, hierarquia e relação com a natureza. Novo livro examina este conjunto de transformações
Seremos espectadores que gozam morbidamente com o fim da nossa civilização? Ou a pandemia nos sugere que, mais que a morte, devemos rejeitar a vida que se arrasta na incerteza, na falta de sentidos e na depressão permanente?
Um século depois de ser aceito no Ocidente, voto universal perdeu sentido. Elite econômica, que temia a democracia, conseguiu anulá-la. Mas em vez de “restaurar a ordem”, a revanche dos poderosos espalha em toda parte sinais de barbárie
Para filósofo, por trás de atos como o assalto ao Capitólio não há apenas loucura de tolos. Eles são nutridos por uma racionalidade cada vez mais arrogante e por sistema que cultua a paixão por desigualdade, privilégio e opressão do “inferior”
Disfuncional e decadente, gerador de desigualdade e devastação, sistema parece insuperável. Realismo Capitalista mostra como ele infiltrou-se na cultura, noção de tempo e memória. Capitalismo pode terminar — se houver organização e projeto
Dois livros recém-lançados desmentem que seja “mais fácil imaginar o fim do mundo que o fim do capitalismo”. Mas atenção: para os autores, a alternativa à ditadura dos mercados é muito distinta do “socialismo real”
Já antes da covid, países enfrentavam aumento de risco de pobreza. Com isolamento, abriu-se espaço para extrema direita e democracias se fragilizaram. Descrença nos governos e na ciência refletem sistema em crise do capitalismo
Por trás da falta de vacinas, as três leis trágicas da Big Pharma. Não pesquisar doenças de pobres. Patentes, para elitizar os tratamentos. Desencorarjar países de produzir remédios e vacinas. Há alternativas — nenhuma sob lógicas capitalistas
Eleição do democrata não visa superar a crise do capitalismo — de onde emergiu extrema-direita –, mas restaurá-lo. Classes dominantes apostam nos dois lados, para tentar manter hegemonia. Superá-los exigirá recuperar imaginação política
Colapso ambiental escancara o risco de extinção — e a urgência de um novo projeto civilizatório. Será preciso superar pensamento hegemônico — linear e previsível e encarar as complexidades do mundo em diálogo com a Natureza e a multiplicidade
Comuns, o novo fantasma que assombra o Capital. Investigação sobre o Chile, a meses da Constituinte. “Quem os mandou construir em áreas de risco?” Seriam bruxas as personagens de Clarice?
No pós-Pinochet, parte da esquerda capitulou ao projeto neoliberal, mas rebeliões estudantis agitaram a sociedade. Surgiu a Frente Ampla, que pode sacudir o sistema, porém vive crises internas. Radiografia da luta popular, num país em ebulição