Homenageado na Mostra Internacional de SP, cineasta indiano foi na contramão de Bollywood. Viu nisso uma resistência cultural a partir da intrínseca relação humano-Natureza. E abordou a miséria do país de forma crítica, sem romantismos ou clichês de tristeza
Convite para (re)ver a obra do cineasta indiano que completaria 100 anos. Ele fundiu vida doméstica e História; afetos e tensões sociais. Mostrou um país contraditório (e cruel com as mulheres). Recusou simplismos, tanto no amor quanto na política
Em O tigre branco, de Ramin Bahrani, alcunhado de “o Parasita indiano”, a infiltração pobre no mundo dos ricos, mas também a promiscuidade entre capital e poder no Terceiro Mundo — e a aposta (sarcástica?) no futuro “amarelo e marrom”
Em Azougue Nazaré, espiritualidades em conflito: dionisíacos caboclos de lança e neopentecostais gris. Transcende a elegia folclórica e, em meio a intolerância religiosa, mostra o potente encontro entre o documental e o fantástico