OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

Ao lançar nova edição da obra, autora relembra sua trajetória e angústias, em busca dos nexos entre o capitalismo e a opressão das mulheres. Ela celebra: livro tornou-se arma para desvendar a selvageria renovada do patriarcado – e revertê-la

Pensadora bate em tema essencial: como recuperar a vida e a criatividade – incompatíveis com jornadas de dez horas. Ao contrário do que pensa o feminismo liberal, elas roubam tempo e energia vitais à luta contra a devastação capitalista

Quem foi Tituba, a bruxa negra de Salem? Em Silvia Federici, chaves para entender casos emblemáticos que precederam os manicômios. Isolada, Leonora Carrington narrou o trancafiamento. As “inadequadas” foram usadas para justificar a misoginia

Capitalismo luta para discipliná-lo, sugar-lhe até a medula, colocá-lo a serviço do acúmulo. Por isso, o corpo é naturalmente o lugar da resistência. Nossa libertação dos fantasmas biopolíticos começa com a dança e a reconexão com a terra e a vida

Filósofa aponta: organização das mulheres em torno do cuidado é crucial e tece outras relações, mais cooperativas e comunitárias. Também rompe com o isolamento que a família nuclear ou o mito da privacidade promovem

Pensadora afiança: ultraconservadorismo ressurge, no Brasil e nos EUA, também para conter o feminismo. Mesmo sob ataque, experiência de mulheres na luta por moradia e terra, baseada na cooperação, pode inspirar o “ponto zero da revolução”

Para escritora, hierarquização inerente ao sistema escraviza tanto mulheres como homens. Para não se despolitizar, movimento precisa canalizar a força que há nas ruas em propostas concretas para construir um mundo sem desigualdades