OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

Embora 1,7 milhão estejam há mais de dois anos em busca de ocupação, cresce muito a troca do emprego por outro melhor. O que explica esta contradição? Talvez as dinâmicas entre crescimento econômico e as tensões capital-trabalho deem algumas pistas

Explodem óbitos de quem não pode se proteger em casa. Mortes de professores dobraram. As de caixas de supermercados, motoristas de ônibus e frentistas aumentaram 60%. Cínico, empresariado expõe população enquanto fura a fila nas vacinas

Já são 13,5 milhões de desocupados. Em setembro, 897 mil vagas fechadas, a maior parte no Sudeste. Baque no setor de serviços é o dobro da indústria; na Educação, 36 mil professores foram demitidos; baixas no trabalho doméstico somam 1,4 milhão

Teoria econômica ortodoxa afirma que população envelheceu e país perdeu chance única. Exame cuidadoso dos dados mostra outro cenário: país não avança devido à desigualdade e à desvalorização do trabalho e criatividade das maiorias

País apresentou as piores taxas de investimento em produtividade entre países emergentes nos últimos 50 anos – menos de 16% do PIB, enquanto China ultrapassa 40% anualmente. Dados apontam que estagnação poderá se manter ao menos até 2022

Em junho, um em cada cinco empregados contratados não sabia quanto receberia ao fim do mês. Desemprego e “reforma” trabalhista obrigam assalariados a aceitar condições impostas pelos empregadores. E apps ajudam a desrespeitar direitos