No filme, de Karim Aïnouz, Guida, grávida, é expulsa de casa; Eurídice, apesar de complô masculino, busca a irmã. Um questionamento da honra — valor que, em nome da família, continua anulando mulheres, gays, trans e lésbicas…
No delicado — e assumido — melodrama de Karim Aïnouz sobre duas irmãs apartadas nos anos 50, o machismo que esfacela histórias. Mas, quando se afasta de personificação e retrata cultura opressora, denúncia ganha mais contundência
A vida invisível, de Karim Aïnouz, é delicado melodrama: nos anos 40, duas irmãs, anuladas pelo machismo, são separadas; amam-se com intensidade e, assombradas pelo remorso, tentam construir uma existência imaginária para a outra