Intelectual público, ele empenhou-se em vasculhar as consequências da escravidão e do colonialismo. Professor, formou e encantou gerações com sua “pedagogia imaginativa e libertária”. Nestas duas dimensões, sua trajetória de cinco décadas na Sociologia segue viva
Os limites da “Janela de Overton” foram esgarçados desde 2015. Como resposta, a esquerda autorizou-se a um amálgama estranho, que tolera Arthur Lira e abre espaço para aberrações. As mulheres que saíram às ruas na noite de quinta-feira são alento
Poder econômico e mídia ampliam pressões para corte de gastos sociais — inclusive no SUS. Fazenda tenta um truque semântico. Lula prometeu reforçar investimentos públicos na área. Hoje, eles são menos de 30% da despesa com juros
Durante mais de um ano, governo ignorou as tentativas de diálogo dos professores e técnicos. A causa não foi má vontade — mas o sequestro do Estado e da Educação pelo rentismo em suas distintas modalidades. Lula pode romper este script. Estará disposto?
Ela lançava-se em cruzada contra o financismo enquanto pregava moderação aos berros. E, pelo viço na defesa de outro Brasil, sofreu censura sistemática. A internet a reabilitou. Cínicos choram sua morte: ela teria recebido suas homenagens a patadas
Filme é corajoso ao “transplantar” as veredas da história de Riobaldo e Diadorim para uma favela distópico-futurista, onde jagunços são milicianos. Porém, parte da poesia roseana se perde numa linguagem de “tiro, porrada e bomba”
A reconstrução requer uma virada socioambiental e orçamento robusto para a população atingida. São tempos de ouvir as experiências das camponesas, indígenas e quilombolas: nelas podem estar alternativas reais ao capitalismo extrativista e patriarcal
Novo livro expõe as razões econômicas e éticas para limitar a desigualdade. Seus pontos altos: a meritocracia é um mito; todos têm direito a vida frugal porém florescente; esta transformação beneficiará até os hoje mais privilegiados
Perda de influência de Paris, tanto global quanto na Europa, vem de longe – e se acentuou no pós-II Guerra. Mas nada é tão desolador quando a regressão expressa por Macron, seu alinhamento total à OTAN e a avenida que abriu à ultradireita
Eles vivem os impactos mais crueis da crise climática. Amargam o destino incerto e o não-retorno. A simples “mitigação e adaptação” não aliviará esta e outras catástrofes. Mas petroleiras insistem no abismo, sem pĺano de reduzir emissões até 2050