Ao ceder aos instintos de vingança, Estado abandona vítimas da criminalidade. Projeto propõe ampará-las — com assistência às famílias de policiais e detentos assassinados e proteção a quem é alvo ou testemunha de atos criminosos

Na sociedade dele, fraqueza é morte. Virtude é ganância, frieza e vaidade. Ninguém sente nada. Afastam com medicação a dor de viver sem dinheiro, dignidade, tempo ou sentido. Temem a menina que se tornou adulta antes do tempo

A verdade de Paulo Guedes está morta. Do Green New Deal e da Modern Monetary Theory, às heresias de André Lara Rezende, há inquietude e renovação nas ciências econômicas. Nossa nova coluna ajudará a acompanhá-las

Livro de Cid Benjamin atualiza, para os tempos atuais, táticas e estratégicas para burlar a repressão das ditaduras. Obra aborda difusão das milícias e oferece dicas que vão de cuidados com celulares à forma de neutralizar os P2

Precursores de uma colonização que serviu a outros, os portugueses guardaram em si não as riquezas da pilhagem, mas o infinito do mar. Sua nova música, quase marginal, testemunha não seu suposto fatalismo, mas seu otimismo trágico

A meses do Sínodo para a Amazônia e da conferência sobre nova economia, luta política abala o Vaticano. Papa que quer igreja sensível aos dramas do mundo; conservadores preparam campanha para difamá-lo, já de olho em sua sucessão…

Na Assembleia da ONU, um provincianismo muito além do previsível. Nada sobre as crises globais – mas críticas ao petismo e elogios a Moro e às PMs… Arrogância de líder de direita e horizonte de síndico tacanho

Para a fotógrafa falecida no último dia 20, o artista é um fazedor que enxerga a poesia dos momentos cotidianos. Fotografou de Elis Regina e Hilda Hilst a Adoniran e Chico Xavier, e dizia que a beleza do retrato está na troca e na entrega

Falar em distribuir renda, frear corporações e papel ativo do Estado na produção deixou de ser “heresia” — até para parte dos conservadores. Em crise sem fim, neoliberalismo vacila. Abrem-se novas brechas; falta propor outro caminho

Em nome da “soberania nacional”, governo trama o oposto: favorecer capitais apátridas, por meio do agronegócio, hidrelétricas e mineração. Sob lema “Integrar para Entregar”, Brasil perderia enormes vantagens da maior biodiversidade do planeta