“Revolução Africana” nas leituras mobilizadoras de Outros Quinhentos
Livro reúne textos dos maiores pensadores marxistas africanos. Há três exemplares em sorteio para quem sustenta Outras Palavras
Publicado 02/08/2019 às 14:13
Por Simone Paz
Mais um livro de responsabilidade lançado no barco pirata da Flipei 2019, na efervescência dos debates atuais. “Revolução Africana – Uma antologia do pensamento marxista” nasceu da editora parceira, Autonomia Literária, com organização de Gabriel Landi e Jones Manoel.
Os textos, que atravessam três décadas de luta revolucionária na África, abordam temas como o racismo na sociedade de classes, a mentalidade colonial, a idealização do passado africano e a opressão patriarcal no continente, além de questões de tática e organização política.
São artigos escritos por relevantes intelectuais marxistas africanos, como Frantz Fanon, Kwame Nkrumah, Amílcar Cabral, Eduardo Mondlane, Samora Machel, Agostinho Neto, Thomas Sankara e Samir Amin, que fascinam pela riqueza e variedade do pensamento.
Para concorrer a um dos três exemplares em sorteio, basta ser colaborador de Outros Quinhentos — nosso crowdfunding não-perecível, que sustenta o Outras Palavras…
… e se inscrever neste formulário até a quinta-feira 8 de agosto.
Enviaremos o resultado por e-mail e o livro, por correio.
Junto com o resultado, irá também o cupom de desconto de 25% para utilizar quando quiser, nas compras diretamente no site da Autonomia Literária.
O livro faz parte da coleção “Quebrando as Correntes”, cuja apresentação teve a honra de ser escrita por Maria Carolina de Oliveira dos Santos. A seguir, um trecho:
A coleção “Quebrando as Correntes” nasce do desejo de apresentar as expressivas contribuições do marxismo para a luta antirracista: desde o combate ao colonialismo e suas heranças até o enfrentamento cotidiano ao mito da democracia racial no Brasil, resgatando figuras de grande destaque para desmistificar a relação entre os fundamentos da tradição marxista e a luta pela emancipação do povo negro que, segundo algumas tendências liberais, seriam antagônicas.
Apesar de polêmicas sobre ter sido ou não uma criação do sistema capitalista, é inegável que o racismo é um mecanismo de dominação da burguesia sobre os trabalhadores,utilizado ferozmente para dividir as classes populares e intensificar a exploração de negras e negros. O marxismo oferece um entendimento científico da questão racial, através da conexão da questão histórica com o cenário político, a subjetividade e as variadas formas de exploração e opressão. Ora, ao compreender o marxismo enquanto método de análise da realidade concreta, capaz de identificar que uma das características do sistema capitalista é a apropriação de diversas formas de opressão para potencializar sua capacidade de exploração, não se pode tratar da dimensão racial sem levá-lo em consideração.
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