Em 2021, o Brasil contabilizou o maior número de agrotóxicos autorizados em 21 anos: 562, segundo dados do Ministério da Agricultura. O registro para uso de agrotóxicos teve um crescimento considerável durante o governo de Michel Temer, em 2017 e vem crescendo desde então. Em 2021, foram 562 substâncias tóxicas registradas, contra 139 do ano de 2015, segundo o Registro anual de agrotóxicos no Brasil do Ministério da Agricultura.

O governo Bolsonaro ocupou manchetes internacionais pela sua política de ataque ao meio-ambiente, sustentada pela sua base de apoio no Congresso. A agricultura familiar, as áreas de preservação ambiental e as comunidades indígenas e quilombolas vêm sofrendo com ameaças constantes desde 2018; a mais recente delas é representada pelo PL do Veneno, aprovado em fevereiro pela Câmara dos Deputados e que tem como objetivo enfraquecer o sistema regulatório de agrotóxicos, concentrando o poder de aprovação no Ministério da Agricultura.

O Brasil é o terceiro país que mais usa agrotóxicos em números absolutos, atrás apenas dos Estados Unidos e China, de acordo com dados da FAO – agência das Nações Unidas para alimentação e agricultura. O comércio mundial de veneno segue, também, a lógica imperialista: multinacionais sediadas nos EUA e na Europa lideram a produção de agrotóxicos comprovadamente cancerígenos que, banidos em seus próprios locais de origem, encontram terreno lucrativo nesta parte do mundo, segundo estudo publicado pela Repórter Brasil. 

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*As seguintes cidades do estado de São Paulo são cobertas pelo Sítio A Boa Terra: São Paulo, Barueri, Osasco, ABC Paulista, Guarulhos, Diadema, Mauá, Ribeirão Preto, Holambra, São José do Rio Pardo, Vargem Grande do Sul, Casa Branca, Campinas e Itobi.

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