Produção de alumínio na Amazônia não é sustentável
Estudo do Ipea relaciona aumento da produção e consumo de alumínio a maior demanda por energia, com a construção de hidrelétricas e pressão da mineração
Do Ecoa
Publicado 26/11/2012 às 16:19
Estudo do Ipea relaciona aumento da produção e consumo de alumínio a maior demanda por energia, com a construção de hidrelétricas e pressão da mineração
Um dos maiores problemas para a produção do alumínio na Amazônia é o consumo de energia. Inicialmente o governo brasileiro participou diretamente da produção do metal em associação com grandes empresas do setor, por meio da construção da usina hidrelétrica de Tucuruí e da oferta subsidiada de energia, e também pela Companhia Vale do Rio Doce. O estudo aponta que aumentar os atuais padrões de consumo do alumínio significaria o aumento da demanda por energia, “no que se insere mais o projeto da usina de Belo Monte e outros projetos no Rio Madeira, além do próprio aumento acelerado das áreas de mineração sobre a floresta”.
A produção sustentável só existiria com a preservação e conservação da floresta, “o que exige novas políticas e arranjos institucionais capazes de promover o desenvolvimento sustentável na região”, aponta o relatório. De acordo com ele, isso só aconteceria com a cooperação institucional, com mudanças nos seus atuais padrões de produção e consumo, com a valorização dos recursos naturais, especialmente na internalização dos impactos sociais e ambientais de sua exploração.
Um modelo autêntico de desenvolvimento sustentável para o Brasil e para a Amazônia, como explica o boletim, “além da integração do mercado interno e a substituição de importação de produtos acabados de alumínio deve ainda ser capaz de garantir a coexistência dos diferentes modos de vida e a diversidade cultural da Amazônia”.