No G20, Dilma apoia taxação a operações financeiras

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Para combater a pobreza, a presidenta Dilma defende na cúpula do G20 a taxação de operações financeiras para aumentar gastos sociais globais

Por Palavras Diversas

BBC Brasil e Reuters divulgaram em suas páginas, com destaque, proposta da presidenta Dilma de taxar operações financeiras mundiais para ampliar investimentos sociais no planeta.

Esta proposta vai na contra-mão do que pretendem países, BCE e o FMI, que vislumbram apertar os cintos como reação a crise e, consequentemente, provocar mais aperto e recessão.

Dilma falou da experiência brasileira que retirou milhões de pessoas da pobreza como resultado de uma eficiente política econômica de inclusão social: A inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média foi não somente um impositivo moral, mas também uma questão de eficiência econômica”

O presidente francês Sarkozy pediu a Dilma que transmitisse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desejos de uma pronta recuperação.

“Nós o amamos”, afirmou Sarkozy, que está na presidência do G20.

Confira a matéria da BBC Brasil:

Em Cannes, Dilma defende proposta da OIT para ‘bolsa família’ global

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira durante a reunião de cúpula do G20 em Cannes, na França, uma antiga proposta da OIT (Organização Internacional do Trabalho) para estabelecer uma espécie de programa de renda mínima global, em moldes semelhantes ao programa brasileiro do Bolsa Família.

Dilma disse que “o Brasil tem uma experiência exitosa de enfrentar a crise com inclusão social e geração de empregos” e sugeriu que esse seria um caminho possível para o combate às crises econômicas.

Segundo ela, é por essa razão que o país “apoia a tese da OIT de que um piso único de renda global não é filantropia, mas é uma rede de proteção mundial fundamental para enfrentar a crise e que tem um efeito inequívoco contra a crise”.”A inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média foi não somente um impositivo moral, mas também uma questão de eficiência econômica”, afirmou.

De acordo com a OIT, a proposta oficialmente chamada de Piso de Poteção Social “prevê que cada país deveria incluir na oferta de serviços básicos de saúde, independentemente de contribuição, o pagamento de um benefício básico para famílias com crianças – a exemplo do que o governo brasileiro garante com o pagamento do Bolsa Família, benefícios assistenciais para pobres e desempregados e a manutenção das políticas de garantia de renda para idosos, viúvos, órfãos e inválidos”.

Taxa sobre operações financeiras

A proposta da OIT já havia sido endossada pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, anfitrião do encontro, no início do ano.

A presidente brasileira disse ainda em seu discurso que apoia outra proposta defendida pela França, da criação de uma taxa global sobre operações financeiras para bancar programas sociais, desde que ela venha em conjunto com a aprovação da proposta do piso global.

“O Brasil não se opõe a uma taxa financeira mundial se isso (a proposta da OIT) for consenso entre os países a favor da ampliação dos investimentos sociais”, afirmou Dilma.

Em um pronunciamento após o encontro, Sarkozy, na condição de presidente de turno do G20, se disse animado com o apoio declarado à proposta da taxa financeira global e citou especificamente os apoios manifestados por Dilma e pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, durante a reunião.

Rogerio Wasserman / BBC Brasil

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