As vítimas do feminicídio além da mulher 

• Vítimas colaterais do feminicídio • Cuidados paliativos na atenção básica • E MAIS: vacinação contra dengue; metanol; projeto para jovens em SP; desatenção •

Imagem: mandato Sâmia Bomfim
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Brasil tem dez mulheres assassinadas por dia, segundo o Atlas da Violência. Essa violência, no entanto, faz vítimas além daquela que é o alvo principal. Filhas e filhos, parentes, amigos e conhecidos envolvidos no ciclo de violência muitas vezes terminam feridos e até mesmo mortos. As políticas públicas, no entanto, ainda demonstram insuficiência para relacionar as ocorrências e tornar essas informações num guia de combate à violência.  

Com 64,3% das ocorrências de feminicídio em 2024 tendo acontecido dentro das residências, o entendimento dos efeitos causantes da misoginia nos núcleos familiares é essencial para pôr fim ao ciclo da violência. Para a revista AzMina, que analisou 19 casos de de tentativa ou consumação de feminicídio, ou violência doméstica, essa limitação nos registros é um dos fatores que dificultam uma atuação mais ampla do poder público, já que não dispõe de estratégias para detectar ou fazer o encontro sistemático de ambas as violências.

Treinamento em cuidados paliativos na Atenção Primária

Para proporcionar mais qualidade de vida e dignidade às pessoas com doenças graves, terá início um novo ciclo de treinamento em cuidados paliativos para profissionais de serviços de atenção primária à saúde. A abordagem tem foco não apenas nos sintomas físicos, mas também questões emocionais, sociais e espirituais dos pacientes e seus familiares.

A iniciativa é focada na capacitação e na implementação de novos protocolos para os atendimentos. O projeto é uma parceria do Ministério da Saúde e do Hospital Sírio-Libanês, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que cuidados paliativos constituem uma abordagem voltada para reduzir o sofrimento de pacientes com doenças que ameaçam a vida, proporcionando uma melhor qualidade de vida, inclusive no final da existência dessa pessoa. Estima-se que mais de 73 milhões de pessoas no mundo necessitem de cuidados paliativos a cada ano. Ainda de acordo com a OMS, cerca de 20 milhões de pessoas morrem anualmente com dor e sofrimento devido à falta de acesso a cuidados paliativos e ao alívio da dor.

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Início da vacinação

Profissionais da saúde atuantes da atenção primária e adultos com 59 anos serão os primeiros a receber a vacina da dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, anunciou o Ministério da Saúde. A imunização começará em janeiro de 2026. Conheça as diretrizes.

Fim do ciclo de intoxicaçõe por metanol

Com o último caso de infecção por metanol registrado no dia 26 de novembro, o Ministério da Saúde anunciou o encerramento de sala de situação, criada em outubro, para monitorar casos de intoxicação por metanol. Saiba mais.

Redução de danos para jovens

Projeto desenvolvido pelo hospital Albert Einstein, em SP, utiliza jogos para ensinar sobre prevenção de ISTs, redução de danos e vacinação para adolescentes em Paraisópolis e no Campo Limpo. Iniciativa elevou em 10% vacinação contra HPV na segunda maior favela de São Paulo. O que foi feito?

Redes sociais e desatenção

Uso recorrente de redes sociais por crianças e jovens pode estar relacionado ao crescimento de relato de sintomas de TDAH, como desatenção e hiperatividade. É o que sugere um estudo do Karolinska Institutet. Os pesquisadores apontam que danos causados pelas redes sociais são piores em comparação com jogos e vídeos longos. Entenda.

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