Sobem mais e mais prédios na metrópole: roubam o horizonte, encurtam o espaço, aceleram o tempo e apagam as estrelas. Mas, feito pião, a vida rodopia entre (e para além) destes mundos e fundos imobiliários. E, num mar de morros, outro viver começa a sair do papel…
Na Ecomunidade, a matéria de que são feitos os sonhos se metamorfoseou, está pronta a “sair do papel”. Vemos as ruas riscando o morro, as matas que crescem. Contrasta com o pesadelo atual do Brasil. Mas vem a lua – nos banhar de esperança
O plano de ocupação da comunidade pós-capitalista está pronto: em breve, a edificaremos, a partir de saberes ecológicos. Sob árvore frondosa, veredas urbanas vêm à mente – e a beleza de um ensinamento ancestral: a vida é em rede
Na estrada, deixando a metrópole em direção a outro modo de existir, a serra dança suas sombras e cores intensas. Uma vaca canta pelo bezerro que lhe arrancaram; acende num só peito a compaixão da mãe e da filha – cujo pai aboiava no sertão