De Chocolate (1988) a Deixe a luz do sol entrar (2017), vale conhecer a obra da cineasta francesa, disponível no streaming. Entre a África, migração e vampiros modernos, o entrechoque de corpos e culturas — sem complacência ou concessão
Em O homem que vendeu sua pele, um jovem sírio aceita proposta indecente: fazer de seu corpo tela-vida exposta na Europa — e, assim reencontrar seu amor. Entre horrores da guerra e insípidos museus, ele desfruta a livre circulação de ser mercadoria
Duas jovens escritoras periféricas mostram: o mergulho no eu pode ser ato de generosidade. Fora da dicotomia emoção-razão, seus amores e frustrações são convite à resistência feminista, do qual ninguém atravessa incólume — nem homens
Afluente e poderoso, setor atrai multidões de trabalhadores. Sonham viver de arte e imaginação; encontram precariedade. E seus jogos convidam tanto à obediência quanto à fantasia, num tempo em que a vida real parece impermeável à criação
Streaming disponibiliza o essencial do cineasta espanhol, que em breve lançará novo filme. Para o esquenta, vale rever A lei do desejo (1987): uma paixão homoerótica com profundo sentido de humanidade que transforma o kitsch em sublime
Seguir isolado ou sair às ruas? Neste não-lugar gerado pela crise, imperam a culpa e a indefinição do futuro. Saída pode estar em reconhecer a precariedade de nossos abrigos e apostar na partilha de experiências, medos e desejos…
Chloé Zao, vencedora do Oscar com Nomadland, desvela um capitalismo tão melancólico quanto brutal. Em Song my brothers (2015), seu 1º longa, sob um drama familiar indígena, as novas facetas do colonialismo – e de seu enfrentamento
Entre o passado de milícia fascista e o presente do “cidadão de bem” (ou outsider), filme mostra de maneira inquietante os resquícios da ditadura pinochetista na sociedade de hoje — e, inclusive, os cortes de classe dentro da extrema direita