Vidas Passadas narra a ligação entre dois “quase-amantes”: o que fica na Coreia do Sul e a que se vai. No contraste cultural Ásia-Ocidente, filme é uma leve e irônica história de amor não consumado, onde o momento do encontro é tão perto quanto distante
Singularidades e distorções sociais marcam a experiência de ser mãe ou pai. Mas quando a tarefa de cuidado é assumida, a vida razoável se distancia. Uma castração inevitável, não necessariamente ruim, mas que exige novas (e, às vezes, incompreendidas) relações
Anatomia de uma queda não é um filme de tribunal vulgar. A investigação da morte do marido de uma escritora famosa busca a “verdade”, mas a dúvida se impõe. E coloca em discussão o sensacionalismo e a ânsia do espectador por uma explicação tranquilizadora
Premiado no Festival de Berlim, Mal Viver mostra as relações entre três gerações de mulheres de uma família portuguesa. Entre murmúrios e jaulas de vidro de um hotel, sugere que ser mãe e também filha é padecer – sem qualquer paraíso à vista
No álbum “Roteiro para Aïnouz 2”, Don L se torna um (an)arquivista: revira os símbolos da história, traz à tona rebeldes populares e escancara as fissuras da narrativa oficial. Além disso, fala aos cristãos através de um Jesus humano e revolucionário
Em Goiás, a mãe some e suas filhas, com personalidades díspares, tentam encontrá-la. Sucesso de bilheteria, filme consegue equilibrar clichê com inovação, dialogando com o espírito do tempo de cultura de celebridades e identitarismos
Dicionário Marielle Franco analisa a tradicional festividade, típica do interior, no contexto urbano do RJ. Fruto do fluxo migratório de MG para a metrópole, folia é mantida viva na periferia, que a ressignifica, e ocupa ruas e casas como resistência da arte popular
Propriedade é um filme fiel ao seu título. A trama: uma fazenda à venda; a revolta dos trabalhadores e a “patroa” enclausurada em seu carro blindado. Mostra o arcaico que sobrevive no seio moderno — e a secular luta de classes, agora na era digital
Artistas, autores e cineastas, originários de diversas etnias, conquistam destaque inédito. Apropriam-se das técnicas “do branco” para confrontar a violência colonial. Um breve panorama mostra a potência criativa deste momento singular na cultura brasileira