Documentário mostra as várias facetas da artista – e as transformações vividas pela cultura brasileira. Um de seus grandes méritos: costurar com delicadeza e fluidez imagens de arquivo, em vez de mostrar depoimentos de “cabeças falantes”
Virgínia e Adelaide narra o encontro, nos anos 1930, entre nossa primeira psicanalista negra e uma médica judia que fugiu da Alemanha nazista. Filme não é historiográfico: “a imaginação é pessoal, o imaginário é coletivo”, diz uma personagem
De forma sutil e lacônica, filme de Marianna Brennand desenha um quadro social terrível: meninas mal saídas da infância para o abuso sexual, dentro e fora de casa. Ação se passa na Ilha de Marajó, entre o casebre apertado e a imensidão da mata e do rio
Na tela, dois corpos em entrega íntima. Na plateia, olhos em fuga: risos, cochichos e luz de celular. A nudez emocional desconcerta mais que a pele exposta? Ou é o medo de suspensão típico da cultura digital? Talvez não seja a indiferença, mas porque o silêncio exige coragem – e entrega
Um cineasta com dificuldades de sonhar investiga sua relação com o inconsciente e o mundo onírico, com ajuda de Sidarta Ribeiro, Ailton Krenak e outros. Neste percurso, documentário mostra também a magia do cinema – mais “vitrine de sonhos” do que “fábrica”
Duas repórteres e um cinegrafista são sequestrados ao investigarem um senador corrupto. A política é central em Serra das Almas – e uma transformação: a fraternidade entre os homens dá lugar a rancores antes silenciados; e a rivalidade feminina, a solidariedade e ação coletiva