A notícia correu o Brasil: 650 répteis amontoados no bagageiro de um ônibus. Com porcentagem de óbitos, talvez, calculada. A Ciência diz que bichos são capazes de sentimentos. Mas isso nunca garantiu serem poupados da dor, como bem sabem os palestinos…
No céu da pátria nesse instante é um documento que mergulha nas eleições de 2022 para radiografar o Brasil cindido. Há um tom jornalístico, mas sua força está em “filmar o inimigo” sem ridicularizá-lo: deixá-lo falar, se expor, se revelar…
Em A melhor mãe do mundo, a saga de uma mulher que escapa da violência doméstica com seus filhos – e, numa carroça, tenta reinventar a metrópole hostil. Outra estreia: Paterno, que aborda conflitos de um arquiteto entre a arte e o lucro imobiliário
Ao abraçar o realismo existencial, o cineasta foi acusado de alienado pelos cinemanovistas. Era o contrário: fez críticas refinadas ao homo paulistanus, burgueses que devoram aos outros e a si mesmos. Novo livro resgata sua obra, uma das mais pessoais (e controversas) do cinema nacional
Sepultam-se rios. Onde adultos pescavam e moleques caçavam passarinhos. Muitos não se lembram ou nunca os viram. Viram linhas-retas, concreto, enchentes… Função; não a natureza. Mas a literatura faz com que nunca nos esqueçamos do lugar que nos foi roubado…
Em contraponto aos modelos agrícolas internacionalizados, cresce a ideia do comer local: é mais saudável, barateia custos e sustenta a retroalimentação da vida. Além disso, troca a ambição do lucro máximo pela ancestralidade de dietas construídas ao longo dos séculos pelos povos
Volta aos cinemas, em cópia restaurada, Iracema: uma transa amazônica (1975). Proibido pela ditadura, o filme acompanha um caminhoneiro ufanista e uma adolescente ribeirinha. No centro, progresso e destruição. Devastação humana, estupro da natureza, ou vice-versa