OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

A 30 km de Copacabana, bairro acumula três décadas de lixo carioca. Promessa de revitalização virou pó e os responsáveis esvoaçam como os urubus que pousam. Num país que só recicla 4% das 80 milhões de toneladas de lixo que produz

Sem projeto de segurança pública, ela perpetua doutrinas belicistas cuja ineficácia é comprovada. Bahia de Rui Costa é flagrante: aumento de 46,5% nas mortes pelas polícias em plena pandemia. É preciso mudar políticas e enfrentar impunidade

De frente para o mar, e ao lado de bairro nobre, comunidade de Salvador pena com especulação e acosso da PM. Há dias, três jovens foram mortos. Apesar de infraestrutura precária, e do preconceito, segue a luta para que área seja protegida

Garoto de 10 anos foi assassinado porque pai se negou a vender as terras. Caso é símbolo da explosão de expulsões de camponeses, terras públicas invadidas e desmatamento recorde. Já os ruralistas legislam em prol dos criminosos

24% da população entre 15 e 29 anos do país não estuda nem trabalha. Quantidade de garotas é o dobro da de rapazes. Jovens correspondem a um terço dos brasileiros desempregados. Pandemia sobrepôs-se à crise e multiplicou desalento

Sem ordem judicial, policiais despejam com violência comunidade que há duas décadas aguarda a demarcação de terras ancestrais. Cinco estão feridos. Indígenas denunciam: força pública de segurança age como milícia de ruralistas

José Aguiar recorre ao romance gráfico para retratar, em “A infância do Brasil”, violências contra menores ao longo de cinco séculos. Em abordagem criativa, livro compara, por exemplo, destino das mães presidiárias ao das antigas escravas

Como se dá, na prática, a discriminação de cor, na hora da abordagem policial? Jornalista relata humilhações que sofreu, entre Pernambuco e São Paulo. Histórias de violência, coação e tentativa de extorsão, terrivelmente familiares para quem é negro

Em terras griladas, ruralistas usam milícias para ameaçar quilombolas. Tribunal já confirmou que propriedade é ilegal, mas corporação mantém negócio com criminosos. É novo sinal do conluio entre transnacionais e bandidagem rural

Na pandemia, fraqueza das políticas de proteção social fez explodir fenômeno dos novos sem-teto. No relatos, a truculência do “rapa” das prefeituras, os aluguéis caríssimos, o olhar hostil de quem passa e os milhares de currículos distribuídos