Repórter que cobriu guerras e revoluções ao redor do mundo analisa a política latino-americana, da crise das esquerdas à ascensão do neofascismo. Aponta que, hoje, até jornais prestigiados apelam ao sensacionalismo e normalizam Trump

Pesquisadores identificam novo coronavírus, potencialmente capaz de atingir humanos. Mas países não chegam a consenso sobre tratado global de prevenção a pandemias. Sanitarista alerta: história pode se repetir – de forma pior, com OMS asfixiada por Trump…

Não há ignorância no capitalismo. Quando o mundo está à beira do abismo, sua tendência é instigar fanatismos. A tática: desqualificar a crítica com a lógica do pensamento confirmatório. A crise é civilizatória – e também de nossa capacidade de lidar com ela

Nossos dramas são: cisão entre questões sociais e ecológicas e economia política fóssil, que empurra vidas humanas e não-humanas à extinção. Trump e Musk retratam essa ideologia. Derrotá-la exige disputar os sentidos da ideia de liberdade

Democracia liberal colapsa. Nos EUA e Europa, coração do colonialismo, demência senil da oligarquia branca quer liquidar a política e levar o planeta à catástrofe. A resistência, agora, é multiplicar pontos de refúgio, sob a ética da frugalidade

Que novos sujeitos políticos poderão reinventar a ideia de transformação radical da sociedade? Contra o culto alienante da imagem, proposto pelo pós-modernismo, nossos autores propõem a sensibilização político-estética do ser humano diante do confronto consciente com a própria vida

Rios, luz solar, vento. Terra para biocombustíveis. Nenhuma outra parte do mundo possui tantas oportunidades de superar a civilização do petróleo. Mas avanços sulamericanos ainda são tímidos, talvez pela falta de um projeto claro e da integração regional

Multiplicam-se, no YouTube, vídeos amadores de true crime. Sinal de época: se o mundo está mesmo se acabando – como tantos creem –, por que não ser um dos protagonistas do crepúsculo? Em busca de interações e dinheiro, os algorítmos espraiam a onda mórbida

Corporações migram em busca de mercados desregulados, sem “despesas sociais”. Internamente, países ricos expulsam imigrantes. Mas vale tudo na economia globalizada, como a imigração seletiva que incentiva fuga de cérebros do Sul global

Notas sobre sua crise existencial no século XXI. De um lado, uma academia elitista e afastada das realidades concretas. De outro, as fake news e “verdades” superficiais. Como, então, recuperar seu compromisso ético e político com o mundo?