Bolha imobiliária? Veja fotos e preços de casas no Brasil e no mundo

bolha_imobiliario

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Inebriados por anúncios, jornais e revistas alimentam, entre a sociedade, sensação de que cotações dos imóveis subirão para sempre…

Por Cauê Seignemartin Ameni

Um dos profetas da crise das hipotecas nos Estados Unidos, o professor Robert J. Shiller, Yale University, autor do livro Exuberância Irracional, disse suspeitar “que haja uma bolha imobiliária no Brasil”, em palestra promovida em setembro pela BM&FBovespa. Ele apontou o aumento ininterrupto dos preços imobiliários, nos últimos cinco anos, enquanto ocorre exatamente o oposto nos países mais ricos, em crise. O professor, também ganhador do Nobel de Economia de 2013, questionou se os preços brasileiros são regidos por “fundamentos econômicos ou por um movimento psicológico”?

A resposta é difícil e muitas teorias se confrontam para respondê-la. Mas uma brincadeira inteligente e bem humorada do blog Tem algo errado ou estamos ricos?? expõe mais uma faceta da especulação com preços, que pode ser sentida na maior parte das metrópoles brasileiras. Embora sem pretensão estatística, o blog — que ganhou notoriedade nas ultimas semanas — compara a impressionante diferença de preços e condições entre alguns imóveis no Brasil e em países economicamente mais ricos. Vale ver e refletir.

Casas em Malmo (litoral da Suécia) e Bauru-SP. Ambas com 3 dormitórios, pelo preço de 155 mil, segundo a imobiliária Gilar no Brasil e a Hemnet na Suécia.

Casa em Miami com 254 m², por 400 mil dólares na imobiliária Trulia (R$ 907 mil) e casa em Florianópolis com 250 m², por R$ 1 milhão, segundo ImovelWeb.

Casa em Las Vegas com 3 quartos, por 90 mil dólares (R$ 204 mil), segundo o site Trulia e casa em Recife também com 3 quartos, por 220 mil reais.

(Todos os preços foram verificados no conversor de moedas do Yahoo Finanças)

Para Schiller a bolha nasce pelo contagiante sentimento de que é fácil ganhar dinheiro, e pelo entusiamo imobiliário alimentado pela mídia, que sugere a possibilidade de alta prolongada. Faz sentido, já que o desemprego esta num dos patamares mais baixos da história do país, e a propaganda de imóveis inunda as páginas de revistas e jornais, amenizando um pouco sua crise…

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8 comentários para "Bolha imobiliária? Veja fotos e preços de casas no Brasil e no mundo"

  1. Acho que já ficou claro que não tinha uma bolha imobiliária no Brasil e o que fez o mercado imobiliário esfriar foi a decaída da economia Brasileira em geral. Me parece que esse processo mudou de curso e vamos ver uma melhora significativa no mercado imobiliário em breve.

  2. João Bauru disse:

    a bolha passou, mas os preços ainda estão em alta… está dificil vender imoveis em Bauru.. eu como corretor iniciante sofro bastante. Mas vamos com fé que vai melhorar 2017.

  3. Fabrizio disse:

    Realmente, é necessário tomar cuidado com a especulação imobiliária, qualquer um pode colocar preço no imóvel, agora se vai vender é outra história..
    http://www.brasouza.com.br

  4. Os preços das casas no Brasil estão um absurdo e a qualidade das casas são ridiculamente horriveis, uns barracos mal pintados e sem estrutura vendido por preços de mansão, se isso não é uma bolha o que mais pode ser?

  5. CA SP disse:

    Demonstrações claras da Bolha já existem em diversos pontos do Brasil:
    Salvador: com estoque recorde de apartamentos novos sem vender (25 meses segundo Geoimoveis), a construção civil paralisou lançamentos e o desemprego total de Salvador aumentou 50% de Ago/2012 p/ Ago/2013. Com isto, Salvador se tornou campeã do desemprego no Brasil. Consequências: aumento de desemprego diminui ainda mais as vendas de imóveis o que faz com que os preços baixem muito, mesmo assim não desovando encalhes por falta de compradores, tudo isto, típico de bolha imobiliária.
    Em Brasília, até consultora do SECOVI admite bolha, mas também, em apenas 1 ano (de 2012 p/ 2013) os preços dos imóveis novos caíram mais de 30%, causando prejuízos de algumas centenas de milhares de Reais para quem já havia comprado e contraído financiamento bancário antes e mais centenas de milhões de Reais em cancelamentos de vendas no ato da entrega do imóvel, antes de contrair financiamento bancário.
    Em São José dos Campos, preço caiu 25% na entrega de imóveis novos, que ficaram mais baratos do que quando foram adquiridos na planta 3 anos atrás!!! Os “investidores” colocaram imóveis p/ alugar e SUPER-OFERTA é tão absurda que o número de imóveis para alugar simplesmente QUADRUPLICOU em menos de 2 anos!!!
    Em Curitiba, a OFERTA de imóveis comerciais sem alugar, aumentou 700% !!! O estoque de imóveis residenciais sem vender por la, é o suficiente p/ 2 anos e com isto, Construtoras grande abandonando a Cidade e oferecendo descontos altíssimos (de mais de 35% em alguns casos), deixando investidores na planta amargando prejuízos muito elevados, como nos exemplos das cidades acima.
    Em Natal, situação similar a Curitiba quanto a fuga de construtoras e similar a São José dos Campos quanto a quedas muito elevadas em preços.
    No Alphavile da região metropolitana de São Paulo, temos 40% de vacância nos imóveis comerciais, índice absurdo!!!
    Em São Paulo (Capital), o estoque de imóveis novos mais usados, de 3 e 4 dormitórios, já é o suficiente para mais de 4 anos de vendas!!! Para um dormitório, a oferta de imóveis para aluguel irá TRIPLICAR em menos de 3 anos!!!
    Construtoras fazendo promoções há mais de 1,5 anos e com “descontos” que já chegaram a ultrapassar os R$ 700 mil !!!
    Quer os links c/ evidências do que consta acima e muito mais informações sobre nossa bolha imobiliária? Procure pelo Google por “A bolha imobiliária em São Paulo” e “Desenhando a bolha imobiliária brasileira”.

  6. Carmem Saporetti disse:

    Gostaria de ver esta questão pensada sob outra perspectiva:
    Será que com a diminuição das taxas de juros não houve uma migração dos capitais especulativos para o mercado imobiliário para o qual não há qualquer espécie de regulação?
    Não deveria este mercado ser de alguma forma controlado pelo poder público municipal?
    Estas são perguntas que, como arquiteta urbanista, gostaria de ver discutidas e aprofundadas.
    Sem isto não vejo como ordenar o solo urbano segundo outras prioridades que não o lucro e como garantir a todos o Direito à Cidade conforme definido na Constituição de 88.

  7. CA SP disse:

    Preços ANUNCIADOS atuais são FALSOS e mesmo os REAIS, são insustentáveis e vem CAINDO, vejamos os motivos:
    a) Subprime brasileiro: vendas FALSAS na planta, para quem não tem renda p/ financiamento bancário no ato da entrega do imóvel, mas consegue pagar “parcelinhas” reduzidas durante a construção (mínimo de 20% até mais de 60% das vendas brutas). Só corretores e executivos de construtoras é que ganham suas comissões / bônus, da mesma forma que Executivos de bancos dos EUA no subprime americano ;
    b) MCMV 1 c/ 20% de inadimplência na CEF (mais que no subprime americano). CEF sozinha concede mais de 70% do crédito imobiliário no Brasil, se somar com BB então… Idêntico a Freddie Mac e Fannie Mae nos EUA durante o subprime americano ;
    c) Investidores em proporção anormal: 80% de investidores em São Paulo p/ 1 dormitório no 1S2013 – pesquisa Folha de São Paulo, c/ lançamentos que aumentaram mais de 300%, ou seja, é só super-estoque com SONHO de crescimento de demanda futura, sem nenhum embasamento, atos INSANOS, típicos de bolha ;
    d) Temos ainda várias informações FALSAS. Exemplo 1: de Jul/2012 a Jun/2013, de acordo com pesquisa CRECI SP c/ mais de 400 imobiliárias e tendo como base o preço REAL, NEGOCIADO, tivemos queda de 11,26% no preço do M2 de imóvel usado em São Paulo, contra crescimento de mais de 13% no mesmo período pelo FIPE ZAP quanto a preço ANUNCIADO. Exemplo 2: comunicados de crescimento de vendas do CRECI SP, que IGNORAM sazonalidade (não compara com mesmo mês de ano anterior), SIMULANDO crescimento, quando na realidade temos quedas desde 2.011. Exemplo 3: estoque divulgado por SECOVI SP IGNORA imóveis com mais de 36 meses do lançamento e com todos os atrasos que tem sido regra… Esta é outra característica típica de bolha: informações enviesadas, que induzem ao erro ;
    e) De REAL mesmo, temos em São Paulo, estoques MONSTRUOSOS de 3 e 4 dormitórios anunciados para TENTAREM VENDER, na somatória de novos e usados, suficientes para mais de 4 anos de vendas, queda de 25% no preço de venda, c/ crescimento de 300% em oferta para aluguel em São José dos Campos e vários registros de reduções substanciais em preços REAIS em TODO o Brasil. Super-estoques, gerados por quedas relevantes em vendas REAIS e quedas relevantes de preços, são mais características típicas de bolha imobiliária ;
    f) 5 construtoras de grande porte com Ações na BOVESPA quase falidas em função destas FALSAS vendas (FALSA venda não gera receita REAL). Créditos podres levando a quebra de construtoras no Brasil, idem a quebra de bancos nos EUA durante subprime…
    Quer ver todas as evidências sobre informações acima e muito mais provas quanto a nossa bolha imobiliária? Procure pelo Google por “A bolha imobiliária em São Paulo” e “Desenhando a bolha imobiliária brasileira”.

  8. Dinio disse:

    Aqui em Florianópolis é uma demência imobiliária. Porto Alegre também está uma loucura. Qualquer “apesinho xinfrin” 2 dorm ou 3, com uma suite, mais apertado que sardinha em lata, colocam um “tanque” pra se enxaguá, uns vasos com planta…chamam de “eco”…umas câmeras de vigilância, pra dizer que é seguro, uma churrasqueira que mal cabe um gato pra assar, numa sacada que tu come em pé …chamam de “área com churrasqueira”, e já te dão uma facada de 350 mil pra cima. E isto inflaciona também os terrenos. É a classe mérdia e mérdia alta que fica se achando…vou dar risada quanto estourar a bolha!

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