A Técnica e o Tempo em Bernard Stiegler

Disponível, segundo parte de uma série de quatro aulas sobre o pensador francês. Na busca por uma filosofia antropológica à partir de Deleuze, Leroi-Gourhan e Simondon, reflexões sobre como os artefatos criam e moldam o pensar

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Na segunda aula do curso sobre Bernard Stiegler, abordamos a crítica da concepção instrumentalista na qual a técnica é apenas um meio para determinado fim. Em “A Técnica e o Tempo”, Stiegler procura trazer novamente os pensamentos de Gille, Leroi-Gourhan e Simondon para pensar o fenômeno das tendências técnicas — que excedem qualquer domínio humano que supostamente esteja as controlando — e da organização da matéria inorgânica.

A partir dos autores, Stiegler prepara uma antropologia filosófica que ultrapassa a hipótese “cerebralista” de Rousseau — que envolveria um humano dado seguido da uma “segunda natureza” decaída na exteriorização — e procura situar na falta exatamente o espaço em que a relação com os artefatos criam o humano. Córtex e sílex andam lado-a-lado pela maiêutica instrumental.

Finalmente, Stiegler termina a meditação do primeiro volume com um paralelo com “Ser e Tempo”, criticando a noção de inautenticidade de Heidegger, e recuperando o mito de Epimeteu da Grécia Antiga para pensar o humano.

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