Cinema — e é pela vida das mulheres

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“Direito de Decidir” ter ou não filhos é o tema dos filmes exibidos hoje (13) pelo Cineclube das Outras, em São Paulo. A programação prossegue por mais duas semanas, com as sessões “Prostitutas” e “Memórias”

Cineclube das Outras

Entrada franca (Distribuição de senhas 1h antes do início da sessão)

Local: Sesc Santana

Data: 13 a 27de março de 2018

Horário: 20h

O Cineclube das Outras, iniciativa voluntária de mulheres de diferentes gerações e atuações, em São Paulo – integrantes da Associação Cultural Kinoforum, da produtora Doctela, da Taturana Mobilização Social e do Outras Palavras – exibe no mês da luta das mulheres uma programação integrada ao projeto De|Generadas, do Sesc Santana.

Para marcar o mês da luta das mulheres, o cineclube programou sessões temáticas seguidas de debates com diretoras e atrizes, com filmes que abordam o universo feminino não apenas em seus problemas, mas também em suas conquistas. Depois da primeira sessão, “Libertas”, o tema é “Direito de Decidir” sobre ter ou não filhos, uma das maiores lutas do feminismo brasileiro e internacional.

O Cineclube das Outras nasce do desejo de exibir e debater a produção audiovisual das mulheres brasileiras, particularmente de curta-metragem, com foco em Outras narrativas, narrativas das Outras: mulheres negras, brancas, indígenas, LGBTs, migrantes. Vem somar-se à criação de cineclubes feministas de vários outros estados, tais como Quase Catálogo  e Cineclube Delas (RJ), Feministas de Quinta  (ES), Cineclube Aranha  (BH), entre outras.

PROGRAMAÇÃO

13 de março (terça-feira) 20h – sessão ‘Direito de decidir’

>Aborto não é Crime, dir. Rita Moreira, 16 min.

>A boneca e o silêncio, dir. Carol Rodrigues, 2017, 19 min.

A solidão de Marcela, uma menina de 14 anos, que decide interromper uma gravidez indesejada.

> CEP 05300, dir. Adria Meira, Lygia Pereira, Camila Santana, 2016, 21 min.

A história de mulheres que cresceram na mesma rua e que em momentos diferentes da vida realizaram um aborto. Em conversas informais, elas relatam suas diferentes experiências com o processo, evidenciando a necessidade de expor o tema, bem como legalizar o procedimento.

>Clandestinas, dir. Fádhia Salomão, 2014, 24 min.

Clandestinas conta histórias de mulheres que abortaram ilegalmente no Brasil. Com depoimentos que contam suas próprias experiências e interpretam relatos de anônimas, o vídeo mostra como a criminalização da interrupção voluntária da gravidez penaliza todas as mulheres.

Debate: Rita Moreira, Morgana Naughty, Lygia Pereira, Giu Rocha, Priscila Resende

Mediação: Inês Castilho

20 de março (terça-feira) 20h – sessão ‘Prostitutas’

>Mulheres da Boca, dir. Cida Aidar e Inês Castilho, 1981, 22 min.

Na Boca do Lixo, centro de São Paulo, desde uma visão feminina, o cotidiano de prostitutas e de seus exploradores, cafetinas e malandros, parte de uma rede social ambígua, entre a malandragem e a corrupção.

>69 – Praça da Luz, dir. Carolina Markowicz, Joana Galvão, 2007, 15 min.

Prostitutas de idade avançada ganham a vida na Praça da Luz, em São Paulo. Relatos inusitados e surpreendentes de cinco mulheres que revelam em detalhes suas experiências em todos esses anos de profissão.

>Maria, dir. Carol Correia, 2016, 14 min.

No tempo do corpo vive a memória. Maria caminha pelas ruas de um passado de beleza e desventuras, senta-se na calçada, acende um cigarro e desfruta da sua habitual solidão.

> Mercadoria / Goods, dir. Carla Villa-Lobos, 2017, 15 min.

“Mercadoria” fala sobre as vivências de seis mulheres que trabalham com prostituição. O filme foi construído a partir de conversas com prostitutas da Vila Mimosa, mais famosa zona de prostituição da cidade do Rio de Janeiro, e busca mostrar o ponto de vista dessas mulheres com relação ao seu trabalho.

Debate: Inês Castilho, Joana Galvão, Carol Correia, Carla Villa-Lobos

Mediação: Beth Sá Freire

27 de março (terça-feira) 20h – sessão ‘Memórias’

Fotografrica dir. Tila Chitunda, 2016, 25 min.

Dona Amélia é uma angolana refugiada de guerra que recomeçou a vida em Olinda. A partir do seu mural de fotografias a filha mais nova, nascida no Brasil, vai em busca de suas raízes.

KBELA, dir. Yasmin Thayná, 2016, 22 min.

Uma experiência audiovisual sobre ser mulher e tornar-se negra.

>Abigail, dir. Valentina Homem, Isabel Penoni, 2016, 16 min.

Abigail Lopes une os pontos de um mapa humano que conecta indigenismo e candomblé. O avesso do inverso, uma casa aberta de memórias quase extintas.

>Torre, dir. Nádia Mangolini, 2017, 18 min.

Quatro irmãos, filhos de Virgílio Gomes da Silva, o primeiro desaparecido político da ditadura militar brasileira, relatam suas infâncias durante o regime.

Debate: Tila Chitunda, Valentina Homem, Yasmin Thayná, Nádia Magolini

Mediação: Lívia Perez

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Um comentario para "Cinema — e é pela vida das mulheres"

  1. Pepino, O Grande! disse:

    Sem licença para matar. Usem camisinha, o SUS fornece DE GRAÇA.

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