Sem pertencer às vanguardas da forma ou reduzir-se a filme-panfleto, obra de Walter Salles tem forte carga política, mas liga passado e presente por meio de um nó: o da história íntima. E a plateia sente um pouco de tudo: o choro, a fúria, esperança, aplauso e memória
A do álcool faz cantar; a do estômago vazio leva a tremer, dói, torna tudo amarelo, como dizia Carolina Maria de Jesus. Mas, apesar da apatia e da falta de proteína, os famintos carregam em seu mundo interior a fome de interromper a raiva e futurar…