Filósofo italiano enxerga, na crise da pandemia, uma brecha para romper o poder de ilusão das finanças, do consumismo e do poder. Como saída, a potência do que é realmente útil: a água, o alimento, o ar, a palavra e o afeto
Filósofo acredita que é possível, mais que nunca, conter os totalitarismos e fortalecer os laços de comunidade ante a flagrante incompetência dos líderes frente a crise. Retorno ao “normal” é o que eles querem. Mas as mudanças são pra já
É dentro de casa onde elas ficam mais sujeitas ao controle, dominação e violência masculina. Confinadas, perdem até a possibilidade de ir à delegacia fazer denúncia. Solução passa por programas de proteção e campanhas na mídia
Mobilização dentro das próprias comunidades ante a pandemia revela seu potencial de coletividade na ausência do Estado. Mas solidariedade não basta, e Renda Básica é “para ontem”. Para ser efetiva após o tempo perdido, precisa ser ampliada
Afastamento social reduziu ação política direta, mas também serviu para frear a poluição. Ela pode voltar a se intensificar, sob argumento de “recuperação economia”, mas crise deixará legado de esforço coletivo para mudanças radicais
Em livro recém-lançado na Itália, papa critica cinismo dos mercados, incapazes de aprender com as crises e a devastação ambiental. Vazios de sentido à humanidade, precisam ser superados — e uma “revolução cultural” não tardará
Mais de 1,5 milhão de famílias aguardam recebimento do Bolsa Família. Custo do programa ao governo representa meros 0,5% do PIB – que retorna para economia pelo consumo. Mas governo opta por “austeridade”, e deve agravar bolsão de pobreza
Perfil social dos grupos religiosos que mais crescem no país é, também, negro e feminino. Diante da vida violenta e precária, seitas oferecem espaço de aparente protagonismo e autoestima — enquanto outras formas de organização estão ausentes
Obra esmiúça história da tributação, a partir do caso norte-americano. Elite escravocrata recusava impostos. Já na época em que se enfrentou a desigualdade, maiores rendas eram taxadas em 93%. Diante de nova eleição, como superar retrocesso neoliberal?
Jornalista britânico descreve como, por meio de sórdida rede de advogados e contadores, super-ricos se tornaram apátridas e propagam paraísos fiscais. Nada produzem, corrompem mercados e arrasam a economia de países empobrecidos